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In Memoriam
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Qual o caminho a seguir para a Hispania Racing?
A Hispania Racing Team (HRT) não tem tido uma maturação fácil no Mundial de Fórmula 1. A formação espanhola recebeu o sinal verde para ingressar na categoria em junho de 2009, então com o nome Campos Meta, cumprindo assim o sonho de Adrian Campos de levar uma equipa espanhola à F1.
Contudo, com o passar do tempo e com a crise financeira mundial a ganhar contornos cada vez mais graves, a participação da Campos Meta no Mundial de 2010 era cada vez mais uma miragem, em especial tendo em conta que nos Estados Unidos a formação criada por Peter Windsor e Ken Anderson já se debatia com grandes dificuldades e com um projeto que dificilmente veria a luz do dia, como se comprovou.
Pouco antes do início da temporada de 2010, surgiram então José Ramón Carabante, conhecido empresário da região de Múrcia, e Colin Kolles, antigo diretor das equipas Midland e Spyker, com o primeiro a decidir comprar a formação das mãos de Campos e renomeá-la Hispania Racing Team (HRT). A ideia base mantinha-se intocada: formar e consolidar uma equipa espanhola no competitivo mundo da F1.
Ano de aprendizagem difícil
Mas a realidade mostrou-se mais complicada, a começar pela competitividade do monolugar idealizado pela Dallara. Sem receber os pagamentos da parte de Campos, o chassis não havia sido suficientemente desenvolvido e trabalhado, pelo que a formação teve de construir os monolugares em pleno Grande Prémio do Bahrein, prova inaugural do ano de 2010. Isso refletiu-se igualmente nas performances ao longo do ano, com o monolugar espanhol a ser consistentemente o mais lento do pelotão. Ainda assim, maior fiabilidade colocou a HRT na frente da tabela de construtores à frente da Virgin Racing (que acedeu à F1 igualmente em 2009 com o nome Manor Racing, entretanto encetando uma parceria com a Virgin e hoje conhecida como Marussia Virgin Racing).
Para 2011, as expectativas eram ligeiramente mais elevadas, mas os primeiros meses do ano encarregaram-se de dissipar dúvidas, com a apresentação do novo monolugar a ser sucessivamente adiada e os dois carros a falharem a participação no GP da Austrália deste ano. Daí em diante, as prestações não melhoraram muito, embora consigam dar luta à Marussia Virgin pelas últimas posições da grelha. Agora, surge um novo capítulo na história, com a aquisição por parte da Thesan Capital. Mas que entidade é esta?
Thesan Capital: um novo 'amanhecer'?
A Thesan Capital é uma empresa espanhola de capitais de risco, fundada por um antigo presidente da Campofrío, José Luis Macho, e por Santiago Corral, e que ostenta grandes ligações ao banco japonês congénere Nomura. O seu objetivo é adquirir e investir em empresas espanholas (e também portuguesas) em dificuldades com a crise financeira, tendo como objetivo último inverter o cenário difícil dessas empresas e evitar o seu encerramento.
E é neste cenário que a Thesan Capital decide ingressar na Fórmula 1, ao adquirir a equipa Hispania Racing das mãos de José Ramón Carabante. Tendo em conta a própria declaração de intenções da Thesan, de tornar a HRT numa equipa ainda mais espanhola, há quem admita que este é apenas um passo para que isso suceda a curto prazo, apontando mesmo a antiga Epsilon Euskadi, agora EPIC, como principal 'parceira' ideal na medida em que têm o conhecimento e a vontade para ingressarem na F1 - recorde-se que a Epsilon Euskadi chegou a concorrer à vaga para uma 13ª equipa em 2011.
Como curiosidade, o nome Thesan deriva da mitologia etrusca, simbolizando a deusa do amanhecer e da geração de nova vida. Assim, resta saber como se vai processar o futuro a curto prazo para esta equipa espanhola e se esta nova fase simbolizará, mesmo, um novo amanhecer.
Autosport
A Hispania Racing Team (HRT) não tem tido uma maturação fácil no Mundial de Fórmula 1. A formação espanhola recebeu o sinal verde para ingressar na categoria em junho de 2009, então com o nome Campos Meta, cumprindo assim o sonho de Adrian Campos de levar uma equipa espanhola à F1.

Contudo, com o passar do tempo e com a crise financeira mundial a ganhar contornos cada vez mais graves, a participação da Campos Meta no Mundial de 2010 era cada vez mais uma miragem, em especial tendo em conta que nos Estados Unidos a formação criada por Peter Windsor e Ken Anderson já se debatia com grandes dificuldades e com um projeto que dificilmente veria a luz do dia, como se comprovou.
Pouco antes do início da temporada de 2010, surgiram então José Ramón Carabante, conhecido empresário da região de Múrcia, e Colin Kolles, antigo diretor das equipas Midland e Spyker, com o primeiro a decidir comprar a formação das mãos de Campos e renomeá-la Hispania Racing Team (HRT). A ideia base mantinha-se intocada: formar e consolidar uma equipa espanhola no competitivo mundo da F1.
Ano de aprendizagem difícil
Mas a realidade mostrou-se mais complicada, a começar pela competitividade do monolugar idealizado pela Dallara. Sem receber os pagamentos da parte de Campos, o chassis não havia sido suficientemente desenvolvido e trabalhado, pelo que a formação teve de construir os monolugares em pleno Grande Prémio do Bahrein, prova inaugural do ano de 2010. Isso refletiu-se igualmente nas performances ao longo do ano, com o monolugar espanhol a ser consistentemente o mais lento do pelotão. Ainda assim, maior fiabilidade colocou a HRT na frente da tabela de construtores à frente da Virgin Racing (que acedeu à F1 igualmente em 2009 com o nome Manor Racing, entretanto encetando uma parceria com a Virgin e hoje conhecida como Marussia Virgin Racing).
Para 2011, as expectativas eram ligeiramente mais elevadas, mas os primeiros meses do ano encarregaram-se de dissipar dúvidas, com a apresentação do novo monolugar a ser sucessivamente adiada e os dois carros a falharem a participação no GP da Austrália deste ano. Daí em diante, as prestações não melhoraram muito, embora consigam dar luta à Marussia Virgin pelas últimas posições da grelha. Agora, surge um novo capítulo na história, com a aquisição por parte da Thesan Capital. Mas que entidade é esta?
Thesan Capital: um novo 'amanhecer'?
A Thesan Capital é uma empresa espanhola de capitais de risco, fundada por um antigo presidente da Campofrío, José Luis Macho, e por Santiago Corral, e que ostenta grandes ligações ao banco japonês congénere Nomura. O seu objetivo é adquirir e investir em empresas espanholas (e também portuguesas) em dificuldades com a crise financeira, tendo como objetivo último inverter o cenário difícil dessas empresas e evitar o seu encerramento.
E é neste cenário que a Thesan Capital decide ingressar na Fórmula 1, ao adquirir a equipa Hispania Racing das mãos de José Ramón Carabante. Tendo em conta a própria declaração de intenções da Thesan, de tornar a HRT numa equipa ainda mais espanhola, há quem admita que este é apenas um passo para que isso suceda a curto prazo, apontando mesmo a antiga Epsilon Euskadi, agora EPIC, como principal 'parceira' ideal na medida em que têm o conhecimento e a vontade para ingressarem na F1 - recorde-se que a Epsilon Euskadi chegou a concorrer à vaga para uma 13ª equipa em 2011.
Como curiosidade, o nome Thesan deriva da mitologia etrusca, simbolizando a deusa do amanhecer e da geração de nova vida. Assim, resta saber como se vai processar o futuro a curto prazo para esta equipa espanhola e se esta nova fase simbolizará, mesmo, um novo amanhecer.
Autosport