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Bernie Ecclestone: "Equipas de topo deviam poder decidir regras técnicas"
Bernie Ecclestone abriu a porta à possibilidade de serem as equipas de ponta da Fórmula 1 a ditarem as regras para um novo Pacto da Concórdia, o qual se encontra em processo de finalização.
Atualmente, os regulamentos técnicos são definidos num processo conjunto entre o Grupo de Trabalho Técnico da FIA, a Comissão para a Fórmula 1 e o Conselho Mundial do Automobilismo, mas numa entrevista ao jornal britânico The Daily Mail, Ecclestone admite que esse processo poderia ser alterado de forma a conceder maior preponderância às equipas da frente do pelotão na decisão dos regulamentos técnicos.
Indicando que “comercialmente, está concluído”, o responsável máximo da F1 indicou que é agora a altura de abordar o modo como os regulamentos são determinados, admitindo que “deveriam ser as equipas, embora não todas, a fazerem isso. São elas que têm de aparecer com o dinheiro, não a FIA. Seriam as equipas estabelecidas que estão aqui para ficar – Ferrari, McLaren, Red Bull, Mercedes e provavelmente a Williams como dominadoras de outros tempos – a decidirem o que fazer”.
O autêntico dilúvio que se abateu sobre o traçado de Silverstone obrigou à interrupção da qualificação para o GP da Grã-Bretanha de Fórmula 1. A sessão está atualmente na segunda fase (Q2), mas as condições de pista, bastante difíceis, provocaram diversas saídas aos pilotos, como a Felipe Massa, Kamui Kobayashi, Paul di Resta, Michael Schumacher e a Fernando Alonso (que conseguiu segurar o seu Ferrari na reta de Hangar a alta velocidade), não dando outra opção aos comissários que não a amostragem da bandeira vermelha.
Fernando Alonso conquista pole para o GP da Grã-Bretanha
Fernando Alonso conquistou a pole position para o GP da Grã-Bretanha após uma fantástica fase final de qualificação em que os pilotos foram lutando entre si pelas primeiras posições da grelha.
Numa qualificação bastante disputada, a chuva teve um papel preponderante na definição da grelha de partida, criando grandes dificuldades aos pilotos. Na segunda fase de qualificação, a chuva começou a cair de forma tão intensa que obrigou à sua interrupção, fazendo com que o final da Q2 fosse uma autêntica batalha entre 17 pilotos para passarem à fase decisiva. Dois momentos poderiam ter alterado de forma determinante o resultado final da qualificação, pois Alonso conseguiu recuperar o seu Ferrari após um pião a alta velocidade na reta de Hangar e, depois, já nos instantes finais dessa fase viu-se obrigado a reduzir a velocidade no setor final devido às bandeiras amarelas causadas pelo despiste de Romain Grosjean (Lotus).
Na fase decisiva, então, a luta pela pole teve essencialmente cinco protagonistas, com Fernando Alonso a parecer sempre o mais forte, acabando mesmo por conseguir a volta mais rápida na última passagem pela linha de meta, destronando Mark Webber (Red Bull) que havia saltado para a pole provisória pouco antes. Com uma volta em 1.51,746s, Alonso bateu Webber por meros 0,047s.
Na terceira posição e parecendo ter tomado o gosto aos lugares da frente, ficou Michael Schumacher (Mercedes), este a 0,274s da pole, ao passo que Sebastian Vettel, companheiro de equipa de Webber, ficou com a quarta melhor marca, mas quase a meio segundo de Alonso.
Felipe Massa esteve em muito boa forma, imiscuindo-se nas lutas pelas primeiras posições da grelha e conseguindo firmar o quinto tempo, na frente de Kimi Raikkonen (Lotus) e de Pastor Maldonado (Williams), ficando este curiosamente à frente de Lewis Hamilton (McLaren), que não conseguiu oferecer uma alegria aos seus adeptos. Nico Hulkenberg (Force India) foi o nono melhor, enquanto Romain Grosjean foi o décimo, mas não conseguiu participar na Q3 depois de se ter despistado no final da Q2.
Grande batalha na Q2
Na segunda fase, com os últimos minutos bastante concorridos em pista, os 17 pilotos revelaram grande luta para conseguir passar à Q3, existindo grandes movimentações nos dez primeiros lugares enquanto a pista ia melhorando gradualmente. Nos instantes finais da Q2, o despiste de Grosjean ainda obrigou muitos pilotos a abrandarem naquele ponto do circuito, devido às bandeiras amarelas.
De fora da fase decisiva ficaram, assim, Paul di Resta (Force India), Kamui Kobayashi (Sauber) e Nico Rosberg (Mercedes), que não conseguiu mostrar-se competitivo nas condições de pista muito molhadas. Igualmente de fora da fase final ficou Sergio Perez, que era o mais veloz no momento de interrupção, mas que se viu batido por todos os outros após o recomeço, não indo além do 17º tempo.
Jenson Button continua a não conseguir ter uma prestação positiva em qualificação, ficando de fora logo na primeira fase da qualificação, com o 18º tempo. Contudo, desta feita, o piloto britânico viu a sua última volta lançada – que lhe teria dado margem para passar à Q2 a julgar pelos tempos parciais – estragada pelas bandeiras amarelas no terceiro setor, causadas pelo pião de Timo Glock, tendo assim de levantar o pé. Button foi acompanhado na primeira fase da qualificação pelos dois Caterham, de Vitaly Petrov e Heikki Kovalainen, pelo Marussia de Glock e pelos dois HRT. Charles Pic, no segundo Marussia, é que não conseguiu um tempo dentro dos 107 por cento, ficando assim pendente de uma autorização dos comissários para competir na corrida de amanhã.
Q3
1 Fernando Alonso Ferrari 1.51,746s
2 Mark Webber Red Bull-Renault + 0,047
3 Michael Schumacher Mercedes + 0,274
4 Sebastian Vettel Red Bull-Renault + 0,453
5 Felipe Massa Ferrari + 1,319
6 Kimi Raikkonen Lotus-Renault + 1,544
7 Pastor Maldonado Williams-Renault + 1,793
8 Lewis Hamilton McLaren-Mercedes + 1,797
9 Nico Hulkenberg Force India-Mercedes + 2,636**
10 Romain Grosjean Lotus-Renault Sem tempo
Q2 Tempo limite de passagem à Q3: 1.56,931s
11 Paul di Resta Force India-Mercedes 1.57,009s
12 Kamui Kobayashi Sauber-Ferrari 1.57,071s
13 Nico Rosberg Mercedes 1.57,108s
14 Daniel Ricciardo Toro Rosso-Ferrari 1.57,132s
15 Bruno Senna Williams-Renault 1.57,426s
16 Jean-Eric Vergne Toro Rosso-Ferrari 1.57,719s
17 Sergio Perez Sauber-Ferrari 1.57,895s
Q1 Tempo limite de passagem à Q2: 1.47,105s
18 Jenson Button McLaren-Mercedes 1.48,044s
19 Vitaly Petrov Caterham-Renault 1.49,027s
20 Heikki Kovalainen Caterham-Renault 1.49,477s
21 Timo Glock Marussia-Cosworth 1.51,618s
22 Pedro de la Rosa HRT-Cosworth 1.52,742s
23 Narain Karthikeyan HRT-Cosworth 1.53,040s
24 Charles Pic Marussia-Cosworth 1.54,143s*
* Tempo fora do limite dos 107%: 1.53,718s
** Penalizado em cinco lugares na grelha de partida
Alonso sem preocupações quanto à manutenção da pole position
Fernando Alonso mostrou-se bastante satisfeito com a obtenção da pole position para o GP da Grã-Bretanha e admite estar descansado quanto à possibilidade de ser investigado por ter conseguido fazer um tempo rápido na fase final da Q2 quando as bandeiras amarelas estavam a ser mostradas devido ao despiste de Romain Grosjean (Lotus).
O piloto espanhol admite que baixou suficientemente o seu ritmo naquele setor, para não incorrer numa penalização.
“Não marquei um setor verde [NDR: mais rápido] nessa volta. Abrandei o suficiente naquela área em que estavam a remover o carro”, começou por explicar o piloto asturiano, que regressou às poles após quase dois anos de interregno, já que a última pole foi em Singapura, 2010.
“Estamos satisfeitos com a pole position quase dois anos depois para a Ferrari. É muito tempo para esta equipa. Com estas condições nunca se sabe, tem que se estar no sitio certo no momento certo quando se faz a volta, e essa tem que ser limpa e sem grandes erros. Quando nos encontramos na pole position, pode ser surpreendente”, acrescentou Alonso, explicando que o seu pião a meio da Q2 mostrou que a pista estava impraticável: “Por vezes criticamos as decisões quando não estamos satisfeitas com elas, mas hoje fizeram um grande trabalho. A prioridade é a segurança”.
Segunda vitória do ano para Mark Webber e nona da sua carreira na F1. Fernando Alonso foi segundo e vê a margem no mundial diminuir. Pódio completo com Sebastian Vettel.
Mark Webber, em Red Bull, venceu o GP da Grã-Bretanha depois duma boa luta com Fernando Alonso (Ferrari), que apesar de ter liderado a maior parte da corrida, não conseguiu suster atrás de si o australiano da Red Bull, que, com melhores pneus (curiosamente, duros) passou o espanhol a quatro voltas do fim da corrida (Ferrari equipado com pneus macios), depois duma boa perseguição com grande recuperação de tempo, nas voltas antes de consumar a ultrapassagem.
Desta forma, depois da vitória no Mónaco, Mark Webber torna-se no segundo piloto a bisar vitórias em 2012, recuperando também sete pontos a Alonso, aproximando-se assim do topo na luta pelo mundial de pilotos que continua com o espanhol como líder. Sebastian Vettel foi terceiro na frente de Felipe Massa.
Sebastian Vettel não esteve muito longe de obter uma dobradinha para a Red Bull, já que se aproximou bastante de Alonso na fase final da corrida. Felipe Massa obteve em Silverstone o seu melhor resultado do ano, o quarto lugar. Demorou para passar Michael Schumacher (Mercedes, 7º no final) na fase inicial da corrida, perdeu para Vettel nas passagens pelas boxes, mas resistiu a Kimi Raikkonen na fase final. A Lotus colocou dois monolugares no top seis, apesar dos problemas iniciais de Romain Grosjean, que teve de ir à boxe logo no início da corrida. Lewis Hamilton e Jenson Button não foram além do oitavo e décimo lugar, respetivamente, num dos piores resultados de conjunto da equipa este ano. Bruno Senna foi nono, na quinta vez que pontua este ano. Pastor Maldonado voltou a fazer das suas e a vítima desta feita foi Sergio Perez, que abandonou após o toque do venezuelano.
Onde andou a chuva? Pneus duros melhores que macios?
A grande surpresa do dia foi o facto da chuva não ter surgido, o que baralhou as contas de algumas equipas, por exemplo a Mercedes que esperava chuva. Ironicamente, os pneus duros foram hoje mais eficientes que os macios (a luta entre Alonso e Webber no fim da corrida é o perfeito exemplo), noutradas situações que casou estranheza, provando que este ano na F1 ninguém pode dar nada como adquirido.
Classificação
1. Webber Red Bull-Renault 1h25:11.288s
2. Alonso Ferrari a 3.060s
3. Vettel Red Bull-Renault a 4.836s
4. Massa Ferrari a 9.519s
5. Raikkonen Lotus-Renault a 10.314s
6. Grosjean Lotus-Renault a 17.101s
7. Schumacher Mercedes a 29.153s
8. Hamilton McLaren-Mercedes a 36.400s
9. Senna Williams-Renault a 43.300s
10. Button McLaren-Mercedes a 44.400s
11. Kobayashi Sauber-Ferrari a 45.300s
12. Hulkenberg Force India-Mercedes a 47.800s
13. Vergne Toro Rosso-Ferrari a 51.200s
14. Ricciardo Toro Rosso-Ferrari a 53.300s
15. Rosberg Mercedes a 57.300s
16. Maldonado Williams-Renault a 1 Volta
17. Kovalainen Caterham-Renault a 1 Volta
18. Glock Marussia-Cosworth a 1 Volta
19. Pic Marussia-Cosworth a 1 Volta
20. De la Rosa HRT-Cosworth a 2 Voltas
21. Karthikeyan HRT-Cosworth a 2 Voltas
Abandonos
Perez Sauber-Ferrari 14ª volta
Di Resta Force India-Mercedes 3ª volta
Petrov Caterham-Renault 1ª volta
Momento caricato protagonizado pelo piloto japonês
O japonês Kamui Kobayashi é conhecido pelo seu estilo agressivo nas pistas. Mas convém não exagerar.
O piloto da Sauber foi protagonista de uma das mais inusitadas situações do Grande Prémio da Grã-Bretanha, em Silverstone. Aquando da sua segunda paragem nas boxes, por ocasião da volta 38, Kobayashi calculou mal a trajetória (ou então teve algum problema mecânico) e não evitou colidir com os mecânicos da sua equipa que se preparavam para lhe dar assistência.
Pelo menos quatro mecânicos não conseguiram fugir do monolugar e acabaram atirados ao solo pelo piloto, num momento caricato.
Kobayashi terminou a corrida no 11º lugar, o primeiro fora dos postos pontuáveis.
Sergio Perez: “Pastor Maldonado é um piloto que não respeita os outros”
Sergio Perez não ficou mesmo nada contente com o acidente que foi vítima hoje na corrida de Silverstone, causado por Pastor Maldonado, e solicitou à FIA que faça qualquer coisa para diminuir a apetência do venezuelano para arranjar confusão em pista.
Depois de Maldonado ter sido penalizado em vinte segundos no GP da Europa, devido a ter sido considerado culpado do acidente com Lewis Hamilton, hoje a vítima foi Sergio Perez: "O Pastor é um piloto que não respeita os outros é um facto. Espero que os comissários façam alguma coisa porque nas últimas três ou quatro corridas ele fez sempre qualquer coisa má em pista. Não é a primeira vez que me lixa do fim de semana, fez o mesmo com o Hamilton em Valência, mas acho que um ‘drive-through’ não é suficiente. Estes tipos nunca aprendem, e se alguém não fizer alguma coisa por isso, ele qualquer dia ainda aleija alguém...”, referiu Perez à BBC.
Piloto da Red Bull ultrapassou Alonso a quatro voltas do fim
Mark Webber admitiu alguma surpresa com a sua vitória no Grande Prémio da Grã-Bretanha. O piloto da Red Bull ultrapassou Fernando Alonso a quatro voltas do fim para garantir o triunfo, mas garante que não pensou que seria possível, umas voltas atrás.
O facto de Alonso ter terminado a corrida com pneus macios influenciou definitivamente o andamento do seu Ferrari que acabou ultrapassado já perto do fim.
“Já ganhei algumas vezes, mas esta vai demorar um pouco até entrar na minha mente. Acho que não foi uma corrida espetacular, mas foi aberta. Houve estratégia envolvida, especialmente na escolha dos pneus. Sabia que ele estava a andar de forma diferente e cheguei a pensar que ele estava numa posição perfeita para ganhar. Mas depois as coisas viraram a nosso favor e estou nas nuvens”, afirmou o australiano.
Com esta vitória, Webber reduz para treze pontos a diferença para Fernando Alonso na corrida pelo título de pilotos. Contudo, apesar de reforçar a sua posição de candidato, o homem da Red Bull escusa-se a assumir o objetivo do título.
“Todas as corridas são importantes. Melbourne foi importante e o Brasil também vai ser. Tenho duas vitórias, mas preciso de resultados consistentes. Sabemos que isto é tudo muito apertado. O Kimi [Raikkonen] terminou a dez segundos de mim”, lembrou.
Webber disse ainda que, da forma como está o Mundial, importante é “agarrar o que se conseguir”. “Tive uma oportunidade apenas para fazer a diferença e não a poderia deixar escapar”, admitiu.
O piloto da Red Bull acrescentou, também, que se sente em boa forma, sobretudo do ponto de vista mental. Mas, antes de pensar no que aí vem, quer “saborear este triunfo”.
“O que eu sei é que tenho uma boa fatia de pontos para perseguir”, resumiu.
Perez atira-se a Maldonado: "A FIA tem de fazer algo"
Mexicano furioso após acidente com o piloto da Williams
Sergio Perez foi muito duro com Pastor Maldonado no final do Grande Prémio da Grã-Bretanha. O piloto da Sauber viu a sua corrida interrompida devido a um toque com o venezuelano que lhe valeu uma multa de 10 mil euros e uma reprimenda dos comissários. Os dois já tinham estado envolvidos num caso semelhante no Grande Prémio do Mónaco.
E ainda na última prova em Valência, Maldonado foi considerado culpado pelo acidente com Lewis Hamilton, já na parte final da corrida.
“Ele não tem respeito por ninguém. A FIA tem de fazer alguma coisa devido à forma como ele está a pilotar. Não sou só eu, ele prejudica vários pilotos”, afirmou Sergio Perez no final da corrida.
Aos microfones da SkySports, Perez terá mesmo chamado “estúpido” a Maldonado, mas foi um pouco mais comedido na conferência de imprensa.
“Eu já estava na frente e ele deveria ter dado espaço para não bater. Mas tentou empurrar-me o tempo todo. Não entendo por que ele faz isto. Este tipo nunca vai aprender se não fizerem nada. Toda a gente se preocupa com ele”, garantiu.
Ao contrário de Perez, Maldonado continuou em pista, terminando no 16º lugar, a uma volta do vencedor. E rebateu as críticas de Perez.
“Estava a sair das boxes, tinha os pneus frios ainda. Estava por dentro da curva. A posição era minha, mas o Sergio tentou tomá-la por fora. Tentei defender e perdi a traseira do carro. Tocamos os pneus. Foi azar, apenas isso”, defendeu.
Maldonado diz mesmo que Perez pode “dizer o que quiser”, lembrando que estão numa competição: “Eu estava a tentar defender e ele a tentar passar. Isto é uma corrida”.
Vários mecânicos foram atingidos pelo Sauber C31 de Kamui Kobayashi nas boxes, depois do japonês ter perdido o controlo do seu monolugar, sendo que dois deles sofreram ferimentos leves. Um deles ficou lesionado no polegar, enquanto o segundo sofreu hematomas na perna esquerda. A equipa confirmou também que o acidente se deveu a uma falha nos travões do C31 quando se preparava para se imobilizar nas boxes aquando da sua primeira paragem. Veja as imagens do acidente.
Brasileiro conseguiu o melhor resultado da época em Silverstone
Animado pelo quarto lugar conseguido no Grande Prémio da Grã-Bretanha, Felipe Massa acredita que poderá voltar a um pódio de Fórmula 1 em breve. O brasileiro parece ter deixado para trás a má fase no início da época e o resultado em Silverstone foi, aliás, o melhor até agora.
“Estou a chegar lá [ao pódio]. Estou a sentir-me bem e confiante com o carro. Estamos no caminho certo. Agora é continuar a trabalhar porque vai chegar”, anteviu, otimista, o brasileiro.
O melhor que Massa fez nos últimos dois anos foi quinto lugar, sempre em 2011 (Malásia, Europa, Grã-Bretanha, Alemanha, Abu Dhabi e Brasil). Esta época a melhor marca tinha acontecido no Canadá, quando fez sexto-lugar.
O piloto da Ferrari juntou, assim, doze pontos aos onze que tinha conseguido na temporada completa, passando a somar 23.
A corrida de Massa, contudo, poderia até ter sido melhor. O brasileiro ganhou o terceiro posto a Michael Schumacher logo no início, mas perdeu-o para Sebastian Vettel aquando da primeira paragem nas boxes e nunca mais o ultrapassou. A partir daí a preocupação passou a ser segurar a quarta posição, face às ameaças de Kimi Raikkonen.
Kamui Kobayashi lamentou o incidente na sua segunda paragem nas boxes no qual atropelou quatro mecânicos. Três deles acabaram por sofrer ferimentos ligeiros que obrigaram a receber tratamento médico.
O piloto da Sauber travou tarde de mais e acabou por não conseguir imobilizar o seu monolugar a tempo de evitar uma ligeira colisão.
“Foi tudo culpa minha e quero pedir desculpa à equipa. É claro que tinha de me despachar para lutar pelos pontos, mas sem dúvida que travei muito tarde na paragem”, admitiu.
Um dos mecânicos deslocou um dedo e outro sofreu pequenos cortes numa mão. Receberam tratamento e já estão de novo com a equipa. Um terceiro magoou um pé e nem chegou a receber cuidados médicos, sendo tratado na garagem da equipa.
Kobayashi foi multado em 25 mil euros pela FIA pelo incidente.
“As rodas da frente bloquearam e não conseguia controlar o carro. Foi por isso que correu mal. Peço imensa desculpa pelo sucedido e espero que os três mecânicos recuperem rapidamente”, desejou.
Pastor Maldonado foi multado em € 10.000 por ter sido responsabilizado pela colisão com Sergio Perez durante o GP da Grã-Bretanha, acidente que colocou o piloto mexicano fora da corrida. Ambos lutavam por uma posição, quando o piloto da Williams perdeu o controlo do seu monolugar e acertou no Sauber C31, que saiu de pista. Na Sauber, e apesar da equipa ter alegado falha nos travões do Sauber C31, Kamui Kobayashi foi multado em € 25.000 por ter atropelado os seus mecânicos, que sofreram ferimentos ligeiros.
Espanhol da Ferrari destaca, no entanto, a importância de pontuar
Fernando Alonso admitiu algum “gosto amargo” depois de terminar no segundo lugar do Grande Prémio da Grã-Bretanha de Fórmula 1. O espanhol esteve na frente do princípio até quase ao final, sendo ultrapassado por Mark Webber a três voltas do fim.
“Depois de andar na frente quase a corrida toda fica um gosto amargo na boca, mas depois de refletir e olhar para a classificação, penso que o que tiramos deste Grande Prémio é positivo.Temos trabalhado no sentido certo. Conseguimos quatro pódios nas últimas cinco corridas e o outro escapou-nos perto do fim”, lembrou, em alusão ao Grande Prémio do Canadá, quando terminou em quinto.
Alonso acrescentou que esta fase da época é “importante” porque mesmo não se ganhando o título aqui, há quem fique para trás. “E nós conseguimos prolongar a nossa vantagem para a maioria dos rivais”, lembrou.
Agora, o piloto da Ferrari aponta conseguir pódios nas próximas corridas como o grande objetivo, para além de melhorar a velocidade do carro.
“Se na quinta-feira me dissessem que levava 18 pontos para casa, assinava na hora. Mas o campeonato está muito aberto. A Red Bull está muito forte e não podemos excluir a McLaren só porque tiveram um mau fim-de-semana aqui. E a Lotus é sempre muito rápida. Há muito para fazer, mas estamos no caminho certo”, defendeu.
Com o Mundial de F1 quase a chegar a meio, os dois primeiros classificados da competição são para já os únicos que bisaram vitórias, Mark Webber e Fernando Alonso. Hoje foi a vez do australiano vencer, o que sucedeu pela nona vez na sua carreira na modalidade. Fernando Alonso, em Ferrari, não resistiu à ponta final do homem da Red Bull, que o passou a quatro voltas do fim da corrida, diminuindo assim em sete pontos a margem que o separa do espanhol nas contas dum campeonato imprevisível. Hoje foi a vez da McLaren e da Mercedes estarem a baixo do que já se lhes viu este ano. O fim de semana foi de costrastes, já que nos dois primeiros dias a chuva assolou fortemente a zona de Silverstone, o que não sucedeu no dia da corrida, numa contenda disputada ao sol, e com muita animação em pista. Pastor Maldonado voltou a fazer das suas e colocou Sergio Peres fora de prova, Kamui Kobayashi atropelou vários mecânicos nas boxes. Veja algumas das melhores imagens do evento.
De acordo com rumores postos a circular na imprensa internacional, o propalado GP da Rússia, que se deveria realizar a partir de 2014 em Sochi, já não deverá acontecer naquela cidade junto ao Mar Negro, por troca com Moscovo, já que Vladimir Putin, recentemente reeleito presidente da Rússia, pretende uma corrida mais ‘central’.
O recente circuito “Moscow Raceway” precisa de ser evoluído para os ‘standards’ da Fórmula 1 pois a sua homologação atual não permite este tipo de monolugares. A pista fica situada na cidade de Volokolamsk, a menos de 100 km de Moscovo e estreia-se no próximo fim de semana com as World Series by Renault.
Maria de Villota permanece hospitalizada em estado grave, ainda que o risco de vida já não exista. Na segunda operação os médicos trataram as graves lesões faciais e lutaram para assegurar que a piloto não ficasse com danos cerebrais permanentes, o que parece ter sucedido, ainda que só nos próximos dias seja possível ficar a saber com mais exatidão o estado que Villota vai ficar. É certo que via precisar de ser novamente operada, dependendo da evolução que for tendo. Ironicamente, o acidente deu-se numa zona que fica muito perto dum dos centros britânicos onde estão alguns dos melhores neurocirurgiões da Grã-Bretanha.
Felipe Massa produziu em Silverstone a sua melhor performance do ano, obtendo o quarto lugar, apenas a seis segundos do seu companheiro de equipa Fernando Alonso. O brasileiro, finalmente, acertou em cheio na estratégia escolhida, somando doze pontos, ficando provado que tem vindo a melhorar – como já mostra desde o GP do Canadá - e já está muito perto de regressar à luta pelos pódios. Pelo meio ajudou a Ferrari a passar para o segundo lugar no Mundial de Construtores.
Romain Grosjean foi autor em Silverstone duma das melhores prestações em pista, ao terminar o GP da Grã-Bretanha na sexta posição, depois de ter caído muito na classificação, na sequência dum toque com o Force India de Paul di Resta na primeira curva.
Rumou às boxes, onde foi colocada uma nova asa dianteira no Lotus E20. Tendo em conta que iniciou a corrida com pneus macios, montou de imediato os duros, que, como se veio a provar, eram os mais indicados para a corrida. A partir daí só parou mais uma vez, e conseguiu poupar os pneus o suficiente para beneficiar do facto de permanecer em pista mais tempo que os seus adversários.
1986: Ano extraordinário. É este o tema central da revista Autosport deste mês, um ano que ficou marcado pelas mortes de Henri Toivonen, Sergio Cresto, Elio de Angelis, Thierry Sabine, o acidente de Joaquim Santos em Sintra, mas também do começo da aventura dos pilotos portugueses além fronteiras, com António Simões, hoje diretor da ASM Team, a ser o pioneiro. Por isso, e para acompanharmos os temas tratados nesse 'especial', vamos aqui publicar vídeos que ilustram o que se passou nesse ano. Para começar, a decisão do Mundial de Fórmula 1 de 1986, na Austrália, com Nigel Mansell a chegar a Adelaide seis pontos na frente de Alain Prost e sete sobre Nelson Piquet. O que se passou em pista, foi uma daqueles momentos dramáticos que 'fazem' a rica história da Fórmula 1.
1986 Ano extraordinário: O desaparecimento de Elio de Angelis
1986: Ano extraordinário. É este o tema central da revista Autosport deste mês, um ano que ficou marcado pelas mortes de Henri Toivonen, Sergio Cresto, Elio de Angelis, Thierry Sabine, o acidente de Joaquim Santos em Sintra, mas também do começo da aventura dos pilotos portugueses além fronteiras, com António Simões, hoje diretor da ASM Team, a ser o pioneiro. Por isso, e para acompanharmos os temas tratados nesse 'especial', vamos aqui publicar vídeos que ilustram o que se passou nesse ano. Depois do azar de Nigel Mansell, o desaparecimento de Elio de Angelis, que perdeu a vida num teste privado em Paul Ricard, aos comandos do Brabham BT55. Três meses antes, em declarações a José Miguel Barros, jornalista do Autosport, dizia “quero ganhar e com 27 anos terei muitas oportunidades pela frente.” Não teve.
Mark Webber prolonga contrato com a Red Bull para 2013
Está desfeito mais um tabu que prometia animar fortemente a “silly season” da Fórmula 1. Mark Webber prolongou o seu contrato e vai permanecer na Red Bull em 2013. Duas boas notícias seguidas para o australiano, já que à vitória em Silverstone segue-se a confirmação da manutenção na equipa mais um ano.
Desta forma, a Ferrari ‘perde’ um forte candidato para acompanhar Fernando Alosno na Scuderia, já que apesar do crescendo de forma de Felipe Massa, o brasileiro ainda deverá ter de percorrer um longo caminho até esbater por completo a imagem que deixou nos últimos dois anos entre os responsáveis da Scuderia.
"Estou na Red Bull Racing desde 2007 onde venci nove GPs. Conheço bem a equipa, estou confortável aqui, crescemos juntos e por isso tudo parece-me a decisão certa permanecer na Red Bull mais um ano.”, referiu Webber.
Curiosamente, na sondagem que o Autosport Online faz relativamente a quem deverá acompanhar Fernando Alonso na Ferrari em 2013, Mark Webber era o segundo piloto preferido dos leitores, com 33% dos votos. O ‘preferido’ continua a ser Sergio Perez (50%) e por fim Felipe Massa (17%). Ninguém acredita na possibilidade Lewis Hamilton (0 %).
FIA acaba com possível duplas interpretações após polémica com Schumacher
Acabaram as dúvidas. A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) decretou a impossibilidade de se utilizar o sistema de auxílio à ultrapassagem (DRS) numa situação de corrida de bandeiras amarelas. O sistema já foi utilizado no Grande Prémio da Grã-Bretanha e será padronizado para o resto da época.
Existia, de facto, um buraco na lei neste campo. Os pilotos sabem que têm de reduzir a velocidade em situação de bandeiras amarelas, mas nada na lei indicava que não poderia ser utilizado o DRS.
Foi isso mesmo que Michael Schumacher fez no Grande Prémio da Europa, em Valência, o que levantou a polémica. O alemão usou o DRS numa situação de bandeiras amarelas e não foi penalizado. Antes, no Grande Prémio de Espanha, Sebastian Vettel e Felipe Massa tinham sido castigados com uma passagem pelas boxes por uma situação idêntica.
No caso de Schumacher, a direção de corrida entendeu que o alemão, mesmo tendo o DRS aberto, perdeu velocidade suficiente para não ser penalizado. Caso fosse, perderia o primeiro pódio desde que voltou à modalidade, em 2010.
Para acabar com as possíveis duplas interpretações, a FIA tomou uma decisão definitiva: é proibido. O «Autosport.com» conta que Charlie Whiting, diretor de provas do organismo, chamou a si a missão de avisar os pilotos e as equipas sobre a nova regra. A primeira vez que foi utilizada foi na 12º volta em Silverstone, após o choque entre Pastor Maldonado e Sergio Pérez.
Ecclestone: "Por mim, Schumacher ficava para sempre"
Futuro do alemão continua por resolver
Bernie Ecclestone não esconde a sua admiração por Michael Schumacher e nem quer ouvir falar num novo abandono do heptacampeão do mundo de Fórmula 1. Depois de regressar à modalidade em 2010, o piloto da Mercedes passou por muitas dificuldades até conseguir regressar a um pódio, em Valência, no Grande Prémio da Europa.
O êxito aumentou as dúvidas quanto à sua permanência para a próxima temporada, quando parecia adquirido que se ia retirar definitivamente.
Quem não tem qualquer dúvida, contudo, é Ecclestone. O «patrão» da Fórmula 1 vê Schumacher nas pistas mais um ano. Ou mais.
“Por que ele não poderia continuar por mais dez anos? Se fosse por mim, ele ficaria na Fórmula 1 para sempre”, afirmou Ecclestone, em entrevista à agência de notícias alemã SID.
A palavra final, contudo, é de Schumacher. O alemão soma 23 pontos no Mundial de pilotos, os mesmos do brasileiro Felipe Massa, da Ferrari. Nico Rosberg, o companheiro de Schumacher, tem 75.
Recentemente, a Mercedes garantiu que o assunto não iria prolongar-se para lá do verão.
