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Há guerra na Ucrania

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Ataque russo em Kherson mata dois civis e fere outras cinco pessoas


Dois civis morreram hoje num ataque russo "massivo" em Kherson, no qual outras cinco pessoas ficaram feridas, afirmaram hoje as autoridades ucranianas, mas Kiev afirma que a Rússia "já perdeu a guerra".



Ataque russo em Kherson mata dois civis e fere outras cinco pessoas



O governador de Kherson, Yaroslav Yanushevich, tinha confirmado anteriormente que o ataque russo a um setor residencial da cidade tinha atingido uma casa, bem como as linhas de fornecimento de eletricidade, que ficaram danificadas.


Na sua conta na rede social Telegram, Yanushevich recomendou à população de Kherson para refugiar-se em abrigos, temendo a possibilidade de novos ataques.


Apesar do reconhecimento da forças dos ataques russos, o assessor da presidência ucraniana, Mikhailo Podoliak, considerou que Moscovo "já perdeu esta guerra", apelando à comunidade internacional para que tome medidas destinadas a "evitar a repetição" de uma outra invasão com estas características.


"Depois de a Ucrânia ter libertado os seus territórios e após a derrota da Federação Russa ter sido oficialmente formalizada, todo o possível deve ser feito para evitar uma repetição de agressões russas", disse Podoliak, numa mensagem na rede social Twitter.


O conselheiro ucraniano considera que a solução pode passar pela criação de um tribunal especial que julgue os crimes cometidos durante a guerra, bem como pela aplicação de sanções aos agressores e pela inclusão da Ucrânia na NATO.


Podoliak voltou a reiterar as principais reivindicações formuladas pela Ucrânia nos últimos meses, cujo principal objetivo é punir a Rússia pela invasão e garantir a segurança e defesa da Ucrânia no futuro.




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Apresentador russo foi ouvir críticas de soldados na linha da frente


Vladimir Soloviov, apresentador de um programa televisivo pró-Kremlin de grande audiência na Rússia, visitou a linha da frente da invasão da Ucrânia, onde ouviu de soldados russos críticas aos abastecimentos e à anterior liderança militar.


Apresentador russo foi ouvir críticas de soldados na linha da frente



A má qualidade da comida e da água foi apontada, no programa emitido na noite de domingo (madrugada em Lisboa), por elementos de uma tripulação de helicópteros. "Mas quem é que confecciona a vossa alimentação?", perguntou-lhes Soloviov. "Somos nós próprios", reponderam-lhe.


"Quando voam, levam sempre com eles pistolas e granadas, pois nenhum deles quer ser feito prisioneiro", afirmou Soloviov durante o referido programa. Os militares russos da força aérea fazem 3, 5 ou até 7 operação por dia, "consoante as necessidades", referiu.


Segundo Soloviov, na frente grassa também evidente descontentamento com a forma como o antigo comando conduziu a estratégia ofensiva das tropas russas. "Os golpes [contra a Ucrânia] deveriam ter sido mais contundentes", criticaram alguns militares.


O tenente-general na reserva Andrei Guriolov, deputado da Duma e participante no programa de Soloviov, advogou mesmo o "apuramento de responsabilidades do antigo comando" e disse confiar plenamente no general Serguei Surovikin, o actual responsável pelas operações militares na frente ucraniana.


Nesta sua digressão pela frente, o apresentador televisivo deu também conta do desagrado dos militares com a forma como certos sectores da sociedade encaram o duro conflito, rejeitando "estratégias defensivas e de conversações".


"Nós lutamos aqui, arriscamos a vida, vemos camaradas a morrer. Ligamos a TV e vemos mulheres e crianças a morrerem no Donbass [região ucraniana onde a russa alega que a comunidade russófona tem sido alvo de genocídio]. Não sabemos se o país sabe o que está a acontecer, se sabe o tipo de inimigo que estamos a enfrentar", disse um militar.


"Para o Ocidente e a Ucrânia, quantos mais russos morrerem melhor (...). Não é por acaso que levamos sempre granadas no bolso, quando levantamos voo. É que conhecemos o tipo de inimigo com que estamos a lidar", afirmou outro soldado ao apresentador do Canal 1 transmite.


Segundo Soloviov, o objetivo da ida ao terreno foi observar os efeitos da recente mobilização parcial e o Ministério da Defesa assegurou total acesso a soldados, médicos, artilheiros e trabalhadores de uma fábrica de equipamentos militares.


O apresentador pró-Kremlin disse ter ficado "impressionado" com o alto grau de profissionalismo e moral de todos, apesar das críticas.


Os militares russos "não têm medo de nada, falam abertamente de tudo, dizem o que têm a dizer frontalmente", disse Soloviov.




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Zelensky alerta Rússia: "Mesmo sem luz sabemos bem onde disparar"


"A Rússia ainda espera por apagões. Esta é a última esperança dos terroristas", considerou o presidente ucraniano.

Zelensky alerta Rússia: Mesmo sem luz sabemos bem onde disparar



O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, acusou, esta segunda-feira, a Rússia de utilizar “táticas de terror” ao atacar as infraestruturas de energia do país. E deixou um alerta: “Mesmo sem luz sabemos bem onde disparar e o que libertar”.


Na sua comunicação diária ao país, naquele que é já o 293.º dia da invasão russa, o chefe de Estado ucraniano frisou que “todos os dias” são “acrescentadas novas forças energéticas à Ucrânia” e que os sistemas são restaurados “após cada ataque russo”. “Estamos a fazer tudo para trazer à Ucrânia o máximo de equipamento possível, que pode compensar os danos causados pelos impactos de mísseis”, frisou.


No entanto, alertou para a necessidade de o povo ucraniano estar consciente de que a Rússia “não desistiu das suas táticas de terror”.


“A ausência de ataques maciços de mísseis significa apenas que o inimigo se está a preparar para eles e pode atacar a qualquer momento.

Embora seja óbvio que mesmo sem luz sabemos bem onde disparar e o que libertar, a Rússia ainda espera por apagões. Esta é a última esperança dos terroristas”, asseverou.


Na mesma comunicação, citada pela Presidência da Ucrânia, Zelensky revelou que três funcionários do Serviço de Emergência do Estado (EOD, na sigla em ucraniano) morreram enquanto faziam a desminagem nos territórios anteriormente ocupados pelas tropas russas, na região de Donetsk. Outros três estão hospitalizados.


Segundo o presidente ucraniano, desde o início da invasão russa, a 24 de fevereiro, o EOD já removeu mais de 300 mil objetos explosivos e a Polícia Nacional mais 180 mil. “Temos de reunir o máximo de capacidades globais para superar o terror das minas russas o mais rapidamente possível. E agradeço mais uma vez a todos os nossos parceiros que nos ajudam”, disse.


O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.



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"Aniquilar o inimigo"? Kyiv diz que não pensa em "pedir autorização"


As autoridades ucranianas advertiram, esta segunda-feira, que não necessitam de autorização para atacar objetivos em território russo, enquanto na Rússia surgem apelos para o reforço da defesa antiaérea na retaguarda profunda numa admissão dessa capacidade militar de Kyiv.

Aniquilar o inimigo? Kyiv diz que não pensa em pedir autorização




"Atacaremos onde seja necessário, onde tenhamos de atacar o inimigo, porque o inimigo está ali, desde a fronteira até Vladivostoque", declarou na televisão ucraniana o secretário do Conselho nacional de Segurança e Defesa da Ucrânia (SNBO), Oleksiy Danilov.


"Não pediremos autorização a ninguém" quando estiveram em causa os interesses da Ucrânia, frisou o responsável ucraniano,
E acrescentou: "Não temos a intenção de perguntar onde e como devemos aniquilar o inimigo".


Na sequência dos ataques de 'drones' (aparelhos aéreos não tripulados) ucranianos a aeródromos russos situados a centenas de quilómetros da fronteira ucraniana, os 'media' norte-americanos têm referido que Washington autorizou Kyiv a utilizar "da forma que entender" o armamento que tem fornecido, tendo apenas exigido o respeito "pelas leis da guerra e as convenções de Genebra".


De acordo com o analista miliar russo Mikhail Khodaryonok, que tem acompanhado as capacidades do Exército ucraniano em alcançar objetivos em território russo, trata-se de uma ameaça real.


"O complexo militar industrial da Ucrânia possui todas as possibilidade e qualidades necessárias para desenvolver mísseis e 'drones' de longo alcance", apontou o analista, citado pela agência noticiosa EFE, para recordar que a Ucrânia possui empresas em Pavlodar e em Kharkiv com capacidade para fabricar mísseis Grom, com alcance até 500 quilómetros.


Uma situação que se poderá tornar mais grave para a Rússia pelo facto de estas empresas terem capacidade para aumentar o raio de ação destes projéteis.


"Não existem dificuldades insuperáveis que obstaculizem a reconversão dos Grom em mísseis de alcance médio, capazes de atingir objetivos a 1.000-5.500 quilómetros", alertou em declarações ao diário digital Gazeta.ru, citadas pela EFE.


O especialista em assuntos militares assinalou ainda que a Ucrânia poderia alcançar objetivos em território russo com mísseis de cruzeiro de fabrico soviético do tipo X-55 e X-55SM.


Segundo o perito, a este cenário junta-se a ameaça do fabrico de 'drones' ucranianos, uma possibilidade a curto prazo.


"Na exposição 'Armas e segurança 2021' realizada em Kyiv foram apresentados vídeos, fotos, e anunciadas as características técnicas e táticas de um 'drone' multifuncional de assalto ACEO ONE", com um alcance de 1.500 quilómetros, recordou.


Perante estas ameaças, Mikhail Khodaryonok frisou a necessidade de reforçar a defesa antiaérea nas principais bases aéreas da parte europeia da Rússia.


Nessa perspetiva, recomendou a instalação em todos os aeródromos da aviação estratégica russa de um conjunto de mísseis antiaéreos S-400 integrado por duas divisões, uma ou duas baterias antiaéreas Pantsir-S ou Tor-M2 e artilharia antiaérea de baixo calibre para combater os 'drones' de menor dimensão.


"O mais importante, o sistema de radares nas zonas de acesso aos objetivos devem abranger todas as altitudes, em particular as baixas e extremamente baixas, para garantir a ativação oportuna das defesas antiaéreas", assinalou.


Khodaryonok também defendeu que os bombardeiros estratégicos devem ser dispersos por diversas bases aéreas para evitar maiores danos caso um ataque ucraniano consiga atingir essas instalações.


No entanto, e apesar de considerar muito pouco provável que se tornem massivos os ataques em profundidade à Rússia anunciados por Kyiv, "caso os 'drones', mísseis de cruzeiro ou balísticos do inimigo não sejam intercetados pela defesa antiaérea, os danos morais deste género de ataques será mais que considerável", concluiu.


No terreno, a situação na linha da frente parece manter-se estabilizada, com as duas partes a acusarem-se mutuamente de atacar objetivos civis.


Hoje, Yaroslav Yanushevych, chefe da administração militar da região de Kherson, parcialmente recuperada pela Ucrânia, indicou que "os ocupantes russos bombardearam 57 vezes o território de Kherson".


"Zonas pacíficas da região foram atacadas com lança-foguetes múltiplos, artilharia e morteiros (...). Uma pessoa ficou ferida", acrescentou o representante, antes de precisar que os bombardeamentos se centraram em instalações de infraestruturas, edifícios e apartamentos.


Por sua vez, as autoridades russófonas que controlam Donetsk acusaram hoje o Exército ucraniano de ter disparado 50 projéteis de artilharia de calibre 155 milímetros contra várias localidades, e cinco projéteis Grad contra a capital da região.


Perante esta situação, o líder interino de Donetsk, Denis Pushilin, insistiu hoje que os trabalhadores da região devem começar a aderir ao trabalho à distância, decretado no domingo, e manter abertas as portas dos edifícios para que a população possa proteger-se em caso de ataque.


A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus --, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).


Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.




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Tropas russas estão a torturar dois padres detidos, diz Arcebispo de Kyiv


O arcebispo da Igreja Católica Grega de Kiev acusou hoje as autoridades russas de terem detido em novembro dois padres ucranianos na cidade de Berdyansk e estarem a torturá-los, indicou hoje a Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS).


Tropas russas estão a torturar dois padres detidos, diz Arcebispo de Kyiv



Em comunicado, a fundação precisou que, segundo o arcebispo de Kiev, Sviatoslav Schevchuk, os padres Ivan Levitskyi e Bohdan Geleta, detidos a 16 de novembro pelas autoridades russas, estão a ser "torturados sem piedade"


"De acordo com os métodos clássicos de repressão estalinista, deles são extraídas confissões de crimes que não cometeram. De facto, os nossos dois heroicos pastores são diariamente ameaçados de morte sob tortura", afirmou o arcebispo da capital da Ucrânia, citado pelo Vatican News, o portal de notícias oficial multilíngue do Vaticano.


Esta denúncia mereceu já uma reação do presidente executivo internacional da Fundação AIS, Thomas Heine-Geldern, exigindo a libertação imediata dos dois sacerdotes e recordando, numa nota de imprensa que eles "nunca abandonaram os seus fiéis, apesar de todos os riscos que correram ao permanecer para confortar o seu povo e rezar pela paz".


"Responsabilizar padres por sabotagem e espionagem lembra as horas mais sombrias e os piores momentos dos regimes totalitários. Então, exigimos que as autoridades envolvidas libertem estes religiosos e tomem as providências necessárias. Pedimos também a todos os nossos benfeitores que rezem pelos padres Levitskyi e Geleta", afirmou Heine-Geldern.


A prisão dos dois sacerdotes mereceu duras críticas do Exarcado Católico Grego de Donetsk, que emitiu um comunicado, a 30 de de novembro, sobre a situação em que ambos se encontram, alertando "para o facto de quererem forçá-los a confessar que tinham armas na sua posse quando foram detidos".


No texto, enviado à Fundação AIS Internacional, argumenta-se que "tal confissão seria necessária para legitimar uma decisão judicial que dela resultaria, bem como a condenação ilícita dos dois padres".


Adverte-se ainda de que um dos sacerdotes, Bohdan Geleta, "tem uma doença crónica e precisa de tomar medicamentos específicos regularmente", e que "a prisão e a tortura" ameaçam "muito gravemente a sua vida".


Uma fonte local da Igreja Católica Grega ucraniana explicou à Fundação AIS que o padre Ivan Levitskyi rezava diariamente ao meio-dia com os crentes na Praça da Câmara Municipal de Berdyansk e que, a 16 de novembro, as autoridades pró-russas detiveram não só o sacerdote, mas também duas mulheres que ali estavam em oração, embora as tenham libertado pouco depois, e que, mais tarde, chegaram ao mosteiro e detiveram o segundo padre, Bohdan Geleta.


Segundo as forças leais a Moscovo, citadas no comunicado da Fundação AIS, sobre ambos os padres impende a acusação de que teriam escondidas armas e munições, bem como documentos e propaganda em língua ucraniana, e de que, entre tais documentos, estaria um mapa de um suposto plano de batalha, embora, na verdade, se tratasse de um mapa de 2015, que mostrava o percurso de uma Via Sacra.


O arcebispo de Kiev denunciou também que um terceiro sacerdote ucraniano tinha sido detido por forças russas, afirmando: "O padre Oleksandr Bogomaz foi levado à força por alguns soldados russos que entraram na paróquia após a celebração da missa em Melitopol, na região de Zaporijia, logo no início de dezembro".


Esse terceiro sacerdote foi posteriormente libertado e a sua libertação prontamente saudada pelo arcebispo, que acusou as forças russas de estarem a "perseguir os padres católicos gregos nos territórios ocupados", referiu ainda a Fundação AIS.




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Vice-governador russo em Kherson ocupada ficou ferido em explosão


O vice-governador russo na região de Kherson, sob ocupação de forças russas na Ucrânia, ficou hoje ferido após a explosão do seu carro, mas está "em condição estável", disseram agências russas.


Vice-governador russo em Kherson ocupada ficou ferido em explosão




Vitaliï Buliouk, primeiro vice-governador da região de Kherson, que Moscovo anexou no final de setembro sem controlá-la totalmente, "ficou ferido" na sequência "da explosão do seu carro", declarou o ministro regional da Saúde, Vadim Ilmiev.


"A sua condição é estável, (a lesão é) de gravidade moderada", disse o ministro, citado pela agência de notícias TASS.


De acordo com Ilmiev, "o motorista do carro morreu instantaneamente", quando "uma mina direcional explodiu e o carro foi carbonizado".



O chefe da autoridade regional de Zaporijia, controlada por Moscovo, Vladimir Rogov, acrescentou que a explosão ocorreu em Skadovsk, cidade costeira do Mar Negro, 70 quilómetros a sul de Kherson.


Bouliouk, que era uma figura responsável pelas questões económicas da região, está hospitalizado em Simferopol, na Crimeia anexada.
No início de novembro, as forças russas tiveram de retirar parcialmente da região de Kherson, após uma contra-ofensiva das tropas de Kiev.


A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus --, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).




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Ucranianos lutam pela "democracia e não apenas pelo país"


Os participantes ucranianos num seminário do Parlamento Europeu (PE) sobre o Prémio Sakharov insistiram hoje que a luta do povo da Ucrânia não é por território, mas sim pela liberdade e pelos valores democráticos da Europa.


Ucranianos lutam pela democracia e não apenas pelo país



"Não lutamos apenas pela Ucrânia, lutamos pela Europa", disse Yarosalv Bozkho, do Movimento de Resistência Fita Amarela, numa intervenção no seminário realizado no PE, na cidade francesa de Estrasburgo.


O seminário coincidiu com a atribuição pelo PE do Prémio Sakharov para a Liberdade de Pensamento ao povo ucraniano pela sua resistência à invasão lançada pela Rússia em 24 de fevereiro deste ano.


A advogada Oleksandra Matviychuk, fundadora do Centro de Liberdades Civis da Ucrânia, reconheceu ser estranho uma defensora dos direitos humanos e da paz pedir armas, mas justificou que essa "é a única forma de travar os russos".


"Eles acreditam que podem fazer tudo o que quiserem", disse Matviychuk, cuja organização recebeu o prémio Nobel da Paz deste ano, juntamente com o grupo russo de direitos humanos Memorial e Ales Bialiatski, diretor do grupo bielorrusso de direitos humanos Viasna.


A advogada acusou as forças russas de perseguirem os civis e disse que Centro de Liberdades Civis está a tentar documentar todos os alegados crimes cometidos contra os ucranianos.


"Há 20 anos que luto pelos direitos humanos, entrevistei centenas de pessoas, que contam historias horríveis de como foram torturadas e violadas. (...) Mesmo eu, com a minha experiência, não estava preparada para o que tenho ouvido, é demasiado", disse.


Matviychuk insistiu no pedido para que a comunidade internacional tenha consciência do que se está a passar na Ucrânia e coopere na criação de um tribunal para julgar crimes de guerra que disse estarem a ser cometidos pelas tropas russas.


"Queremos que [o Presidente russo, Vladimir] Putin, os comandantes militares e os que cometeram os crimes com as suas próprias mãos sejam levados à justiça, e para isso pedimos ajuda", afirmou.


"Só a justiça poderá devolver a dignidade às vítimas", justificou a advogada de 39 anos.


Matviychuk queixou-se de que muitos políticos de vários países com que tem falado demoram tempo a perceber que é preciso parar a guerra iniciada pela Rússia.


Disse que o líder russo "não tem medo da NATO, mas tem medo da liberdade", e que se não for travado não irá parar na Ucrânia.


"Temos de ser corajosos e parar este comportamento", afirmou, acusando Putin de ter começado a guerra em 2014, quando a Rússia anexou a península ucraniana da Crimeia, e não apenas há cerca de 10 meses.


Ivan Fedorov, presidente eleito da câmara de Melitopol (sul), uma cidade ocupada pela Rússia, agradeceu aos europeus terem acolhido milhões de refugiados ucranianos e todo o apoio político que a União Europeia (UE) tem dado à Ucrânia.


Insistiu, no entanto, que os europeus devem esclarecer o que entendem ser uma vitória da Ucrânia na guerra, alegando que os ucranianos estão a defender os valores da democracia, e não apenas o seu território.


"A Ucrânia tem de ser um país independente e democrático, temos de recuperar todo o nosso território, caso contrário não há futuro para nós", disse o autarca de 34 anos.


Fedorov manifestou-se preocupado com as crianças e os idosos que vivem em Melitopol, referindo que os residentes na cidade da região de Zaporijia não têm acesso a alimentação, a cuidados médicos ou a informação.


A 'designer' e atleta Yulia Paievska, 53 anos, conhecida internacionalmente por ter fundado o serviço voluntário de ambulâncias "Taira's Angels", também acusou a Rússia de cometer crimes de guerra na Ucrânia.


"Há imensos compatriotas meus civis que estão detidos e são torturados, sem assistência médica, sem informação, sem que seja respeitada uma regra que seja da lei internacional sobre prisioneiros de guerra", denunciou.


Paievska esteve presa entre março e junho, tendo sido sujeita a torturas, cujos pormenores não quis partilhar no seminário, apesar de um jornalista lho ter pedido.


"Já informei [as autoridades] sobre o que sofri, baterem-me e usaram instrumentos elétricos, não vou dizer mais nada", referiu apenas.


O diretor dos serviços de emergência e socorro da Ucrânia, coronel Oleksandr Chekryhin, referiu-se às dificuldades nas operações para tentar salvar civis em cidades bombardeadas pelas forças russas e acusou Moscovo de mentir sobre as suas operações visarem apenas alvos militares




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Kremlin recusa proposta de "três passos" de Zelensky para acordo de paz


O Kremlin afirmou hoje que a proposta apresentada pelo Presidente da Ucrânia para um acordo de paz constitui "um passo para continuar com as hostilidades", rejeitando a possibilidade de uma retirada das tropas russas antes do fim do ano.


Kremlin recusa proposta de três passos de Zelensky para acordo de paz



"Estes são três passos para a continuação das hostilidades", disse o porta-voz da Presidência russa (Kremlin), Dimitri Peskov, referindo-se ao chamado plano de 'Três Passos' para a paz e citado pela agência noticiosa russa Interfax.


Peskov sublinhou que uma retirada militar da Ucrânia "é inviável" e argumentou que a Ucrânia "tem de aceitar a realidade que surgiu" nos últimos anos.


"Existem realidades que ocorreram devido à política seguida pela liderança ucraniana e pelo atual regime ucraniano nos últimos 15 a 20 anos", referiu o porta-voz.



"Essas realidades indicam que a Rússia tem novos integrantes que surgiram como resultado de referendos nesses territórios. Sem levar em conta essas realidades é impossível fazer progressos", argumentou, referindo-se à decisão de Moscovo de anexar em setembro as regiões ucranianas de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia, parcialmente ocupadas como parte da invasão russa da Ucrânia, iniciada a 24 de fevereiro.
Na segunda-feira, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou que a proposta prevê a entrega de mais armamento pelos parceiros de Kiev para "encurtar a agressão russa", para poder também alcançar estabilidade financeira e social em 2023 e uma "nova diplomacia" que levará a um processo de negociações para "travar a agressão russa".


"A Ucrânia liderou sempre o processo de negociação e fez todo o possível para impedir a agressão russa. Agora sentimos que está mais próxima a oportunidade de usar a diplomacia para conseguir a libertação de todos os nossos povos e de todos os nossos territórios", afirmou Zelensky num comunicado da Presidência ucraniana.


Nesse sentido, propôs a realização de uma "cimeira especial" do G7 (o grupo dos sete países mais ricos) para "determinar como e quando os pontos da Fórmula da Paz Ucraniana podem ser aplicados".


Zelensky também pediu aos líderes do G7 que "demonstrem liderança na aplicação da fórmula da paz na totalidade ou em alguns pontos específicos em particular".


Entretanto, hoje, a administração regional de Zaporijia imposta pela Rússia confirmou um ataque ucraniano a uma ponte nos arredores de Melitopol, considerada por Kiev como uma das infraestruturas estratégicas importantes porque o exército russo utiliza-a para transportar equipamento militar.


"Ontem [segunda-feira] à noite houve uma explosão na ponte de Kostiantynivka, nos arredores de Melitopol", confirmou a administração regional pró-Rússia, que assumiu também que parte da estrada foi destruída, impedindo o tráfego de veículos.


A ponte de Kostiantynivka, construída em 1969 e renovada em 2021, segundo a agência russa Interfax, tem cerca de 130 metros de comprimento e atravessa o rio Molochna, em direção à área ocupada de Berdiansk, nas margens do mar de Azov.


Em Donetsk, o líder regional pró-russo, Denis Pushilin, indicou que as forças locais apoiadas pela Rússia estão prestes a conquistar a localidade de Mariinka.


"A situação em Mariinka é difícil. Mas tudo está a ir no bom caminho, já que esta cidade está prestes a ficar sob o nosso controlo", disse Pushilin, em declarações à televisão russa.


Por sua vez, o vice-líder interino da região de Lugansk, Vitali Kiseliov, assumiu na rede social Telegram que os combates em Mariinka "ainda continuam" e que as tropas russas controlam cerca de 70% da cidade.


"O inimigo oferece resistência. A cidade está completamente cercada e a luta está no centro" da localidade, acrescentou.


Segundo Kiseliov, os militares russos controlam a rodovia para Krasnohirivka, que anteriormente permitia o abastecimento do exército ucraniano nesta cidade.


Para os pró-russos, a tomada de Mariinka é de grande importância, pois poria fim aos bombardeamentos ucranianos contra vários bairros da cidade de Donestsk.




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Zelensky: Minas não detonadas ocupam área do tamanho do Uruguai


O presidente ucraniano apelou à comunidade internacional para que ajude o seu país a livrar-se de minas e outros artefactos não detonados que, segundo Volodymyr Zelensky, afetam uma área equivalente ao Uruguai.


Zelensky: Minas não detonadas ocupam área do tamanho do Uruguai




"Até ao momento, 174.000 quilómetros quadrados de território ucraniano estão infestados de minas ou outros dispositivos não detonados", sublinhou Zelensky, num discurso em vídeo dirigido ao Parlamento da Nova Zelândia.


"Não há paz verdadeira para nenhuma criança que possa morrer por causa de uma mina antipessoal russa escondida", insistiu o governante, apelando à Nova Zelândia, cujo Exército é experiente nesta matéria, para que lidere os esforços para limpar as minas e mitigar as consequências ambientais do conflito.


Zelensky alertou também que o mar Negro e o mar de Azov estão "infestados de minas flutuantes" que ceifaram a vida de "centenas de milhares de seres vivos, que morreram como resultado das hostilidades".


O chefe de Estado ucraniano acusou ainda a Rússia de perpetrar um "ecocídio" no seu país.


Em reação, a primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Arden, destacou que registou os apelos de Zelesnky "especialmente sobre os impactos a longo prazo da guerra, especialmente no meio ambiente".


"Estamos consigo enquanto procura a paz, mas também estaremos consigo quando for para reconstruir [o país]", frisou.


A Nova Zelândia enviou cerca de 100 dos seus militares para a Europa, para treinar soldados ucranianos e anunciou hoje mais dois milhões de dólares (cerca de 1,8 milhões de euros) em ajuda humanitária para apoiar a Ucrânia a enfrentar o inverno.



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'Trocar de lado'. Detido russo que queria juntar-se a exército ucraniano


O detido enfrenta agora uma pena de prisão que pode ir de 12 a 20 anos.

'Trocar de lado'. Detido russo que queria juntar-se a exército ucraniano




O Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB) deteve um cidadão que tentava fugir do país para se juntar ao exército ucraniano.


A informação é avançada pela agência russa Tass, que explica que a detenção ocorreu no aeroporto da cidade de Krasnoyarsk, na Sibéria.


"Durante a investigação ficou provado que o detido queria proativamente mudar para o lado do inimigo e juntar-se às fileiras do exército ucraniano no combate", explicam os responsáveis do FSB, citados pela agência estatal.


A pessoa em questão tentou vandalizar um edifício administrativo, que resultou na sua detenção e respetiva investigação.


De acordo com o que a nota explica, o passageiro estaria a tentar viajar para um dos nove países pertencentes à Comunidade de Estados Independentes - Arménia, Azerbaijão, Bielorrússia, Cazaquistão, Roménia, Quirguistão, Tajiquistão, Turquemenistão e Uzbequistão - para depois seguir até à Ucrânia.


Segundo a agência, o detido enfrenta agora 12 a 20 anos de prisão por acusações de "tentativa de traição".



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Ucrânia. Explosões em Kyiv, diz presidente da câmara


O presidente da câmara de Kyiv afirmou que várias explosões ocorreram hoje na capital ucraniana.


Ucrânia. Explosões em Kyiv, diz presidente da câmara



"Explosões no bairro Shevchenkivsky. Os serviços [de emergência] estão a caminho", escreveu Vitali Klitschko, na plataforma Telegram.


O responsável acrescentou que o sistema de defesa antiaérea abateu 10 'drones' (aparelhos aéreos não tripulados) de fabrico iraniano sobre Kyiv e arredores.


Até ao momento, as autoridades não registaram quaisquer vítimas, enquanto a administração militar da capital indicou que destroços de 'drone' danificaram dois edifícios administrativos naquele bairro.


Há várias semanas que a Rússia efetua regularmente ataques contra as infraestruturas energéticas na Ucrânia, impedindo milhões de pessoas de terem eletricidade e aquecimento.


A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas, numa crise de refugiados que a ONU classificou como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).




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Libertados 64 ucranianos e norte-americano em troca entre Kyiv e Moscovo


Sessenta e quatro militares ucranianos e um cidadão norte-americano foram hoje libertados numa nova troca de prisioneiros entre Kiev e Moscovo, anunciou a Presidência da Ucrânia.


Libertados 64 ucranianos e norte-americano em troca entre Kyiv e Moscovo





"Os 64 soldados das Forças Armadas ucranianas que combateram nas regiões de Donetsk e Lugansk, em particular (...) voltaram para casa", anunciou o chefe de gabinete da Presidência ucraniana, Andrii Iermak, numa mensagem divulgada na rede Telegram, referindo ainda que o cidadão norte-americano Suedi Murekezi "foi também libertado".


De acordo com a agência de notícias russa TASS, Murezeki foi preso em junho no leste da Ucrânia, tendo sido acusado em agosto de ter participado "em manifestações pró-ucranianas e anti-russas" e de ter "incitado ao ódio racial" em Kherson, no sul da Ucrânia, no início do conflito em curso no território ucraniano.


De acordo com o advogado de Murezeki, citado pela mesma agência, o norte-americano encontrava-se "por acaso" nos locais onde decorreram as manifestações, nunca tendo participado em operações militares.


O advogado acrescentou que Murezeki trabalhava num clube noturno em Kherson.


A cidade de Kherson foi recapturada no início de novembro pelas forças ucranianas, após uma longa contraofensiva que durou várias semanas.



Ao abrigo desta nova troca de prisioneiros com Moscovo, quatro corpos "foram também devolvidos", disse ainda Andrii Iermak, sem dar mais pormenores.


O número de militares russos envolvidos nesta nova troca não foi avançado.



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Kyiv abriu mais de 48 mil averiguações de crimes de guerra


As autoridades ucranianas estimam em mais de 48 mil o número de processos criminais instaurados por crimes de guerra cometidos por militares russos e pelos seus "cúmplices" desde o início da invasão, em fevereiro.


Kyiv abriu mais de 48 mil averiguações de crimes de guerra



O Ministério do Interior ucraniano indicou que "desde o início da invasão em grande escala pela Rússia, os investigadores da Polícia Nacional abriram 48.370 processos criminais por atos criminosos cometidos em território ucraniano por membros das Forças Armadas da Rússia e pelos seus cúmplices".


De acordo com o Ministério, 36.870 deles correspondem a "violações das leis e normas de guerra", enquanto 9.128 estão relacionados com "atos contra a integridade territorial e contra a inviolabilidade da Ucrânia".



As autoridades abriram 2.187 processos por "atividades colaborativas", 100 por atos de "traição" e 37 por atos de "subversão".


Hoje mesmo, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, voltou a apelar à criação de um tribunal especial para julgar os crimes de guerra da Rússia, por ocasião da entrega oficial do Prémio Sakharov ao povo ucraniano.


"Não podemos esperar pelo fim da guerra para levar a julgamento todos aqueles que começaram esta guerra", disse o líder ucraniano, que falou por videoconferência no hemiciclo do Parlamento Europeu em Estrasburgo.



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Rússia aprova leis que punem sabotagem até prisão perpétua


A Duma, o parlamento russo, aprovou hoje em primeira leitura diversas leis que preveem penas até prisão perpétua para as atividades de sabotagem no país.

Rússia aprova leis que punem sabotagem até prisão perpétua



"Considerando que a Rússia está a efetuar uma operação militar especial (...) a adoção destes projetos de lei é um passo fundamentalmente importante e necessário para a defesa do nosso país", considerou o presidente da Duma, Viacheslav Volodin.


As novas normas preveem condenação a prisão perpétua ou a penas entre oito e 15 anos para quem financie atividades subversivas, e recrutem, armem ou preparem outras pessoas para esse objetivo.


Os funcionários que utilizem o seu cargo oficial para realizar atividades subversivas serão punidos entre os 10 anos de detenção e a prisão perpétua.


Também serão condenados entre 15 anos a prisão perpétua quem formar ou dirigir grupos subversivos, ou sejam os organizadores ou responsáveis teóricos ou políticos desses crimes.


Sentenças semelhantes serão aplicadas a quem concluir cursos práticos de formação, que podem incluir preparação física e psicológica, e o uso de armamento e explosivos, para promover atos de sabotagem.


Em todos os casos, a cumplicidade implicará penas entre 10 e 20 anos de prisão.


Será considerada uma agravante a realização de semelhantes atividades com fins propagandísticos ou com o objetivo de justificar atividades subversivas.


Volodin recordou que desde o início da campanha militar de fevereiro, a Rússia está aberta a entrada e saída de cidadãos estrangeiros, numa alusão aos milhões de refugiados ucranianos que cruzaram a fronteira em fuga do confito, situação que aumentou os riscos de insegurança.


Diversos 'media' têm-se referido ao aumento nos últimos meses da delinquência nas regiões fronteiriças com a Ucrânia, onde o Presidente russo Vladimir Putin ordenou que fossem reforçadas as medidas de segurança.


Desde há vários meses que unidades de sabotagem ucraniana têm efetuado ataques na retaguarda russa, em particular nos territórios ocupados pelas tropas russas e península da Crimeia, com o assassínio de funcionários locais russófonos e apoiantes da união dessas regiões à Rússia.


Hoje, o porta-voz do Ministério da Defesa russo, general Igor Konashenkov, assegurou que as forças russas suprimiram na terça-feira cinco grupos de reconhecimento/subversão nas repúblicas separatistas de Lugansk e Donetsk.


O mesmo responsável, citado pela agência noticiosa russa TASS, referiu-se ainda à "eliminação de cerca de 100 tropas ucranianas em quatro regiões de Kharkiv e numa região da República popular de Lugansk".


Na semana passada, Kyiv efetuou com 'drones' (aeronaves não tripuladas) os primeiros ataques contra objetivos afastados da linha da frente, em particular bases aéreas e depósitos de combustíveis, em território russo.


As autoridades ucranianas também advertiram que prosseguirão as atividades subversivas contra as forças russas desde territórios fronteiriços da Ucrânia até à Sibéria.



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Autoridades ucranianas realizam buscas em igrejas ligadas à Rússia


Os serviços de segurança da Ucrânia (SBU) revelaram hoje que adotaram "medidas de contraespionagem" em espaços religiosos ortodoxos dependentes da Igreja Russa para "combater atividades subversivas" a cargo dos interesses russos.


Autoridades ucranianas realizam buscas em igrejas ligadas à Rússia





As autoridades ucranianas manifestaram preocupação com 19 mosteiros, catedrais e igrejas pertencentes à Igreja Ortodoxa Ucraniana do Patriarcado de Moscovo.


As medidas visam "combater as atividades subversivas dos serviços secretos russos" na Ucrânia, sublinhou o SBU em comunicado.


Os espaços religiosos encontram-se nas regiões de Transcarpathia, Chernivtsi, Rivne, Volyn, Lviv (oeste), Zhytomyr (centro-oeste), Mykolaiv e Kherson (sul) e Sumy (norte), acrescentou.


Os serviços de segurança ucranianos explicaram que procuram, com estas ações, "proteger a população contra provocações e ataques terroristas", bem como "impedir o uso de comunidades religiosas como centros do 'mundo russo'".


Este conceito foi criado em particular por Moscovo para tentar justificar a invasão russa da Ucrânia, pela necessidade de anexar este país à Rússia com a finalidade de formar um todo ortodoxo e de língua russa.


Agentes do SBU realizaram buscas nestes locais com o objetivo de "identificar pessoas que possam estar envolvidas em atividades ilegais prejudiciais à soberania do Estado da Ucrânia".


No início de dezembro, o Presidente Volodymyr Zelensky anunciou que queria proibir as atividades no território ucraniano de organizações religiosas afiliadas à Rússia e questionar o estatuto da Igreja Ortodoxa Ucraniana do Patriarcado de Moscovo.


Desde novembro as autoridades ucranianas já realizaram uma série de buscas em vários outros locais de culto desta mesma Igreja.


Nas últimas semanas, a Ucrânia também introduziu sanções contra cerca de quinze dignitários desta Igreja, pelas suas posições a favor de Moscovo, ou por sua colaboração com as forças de ocupação russas.


A Ucrânia, país cuja população é predominantemente ortodoxa, está dividida entre uma Igreja dependente do Patriarcado de Moscovo - que anunciou no final de maio a quebra com a Rússia devido à invasão - e uma Igreja independente da tutela russa.


Criado no final de 2018, este último jurou fidelidade ao Patriarcado Ecuménico de Constantinopla, com sede em Istambul.


A Ucrânia é o centro da Igreja Russa, onde se localizam alguns dos mais importantes mosteiros ortodoxos.



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"Se estamos a lutar pela Europa, porque não nos fornecem armas?"


A vencedora do Nobel da Paz e representante da Ucrânia na atribuição do Sakharov 2022 Oleksandra Matviychuk considera incompreensível que o ocidente diga que a guerra contra a Rússia defende toda a Europa, mas não forneça mais armas modernas.


Se estamos a lutar pela Europa, porque não nos fornecem armas?



"Eu sei que muitos países têm veículos blindados, têm caças, têm sistemas de defesa aérea, mas ainda hesitam. Se dizem que estamos a lutar por toda a Europa, por que não nos fornecem armas?", questionou a advogada de direitos humanos, em entrevista à Lusa, à margem da cerimónia de entrega do Prémio Sakharov, atribuído na quarta-feira pelo Parlamento Europeu, em Estrasburgo, França.


"Não pedimos que lutem connosco contra os russos, podemos fazer isso por nós mesmos. Mas, por favor, forneçam-nos armas para fazê-lo. Não o fazerem é uma coisa que eu não consigo entender", lamentou, referindo que, nas notícias, parece que os países ocidentais deram à Ucrânia tudo o que este país precisava para combater a invasão russa.


"Infelizmente, não. Ainda temos uma enorme necessidade de armas modernas", avançou Oleksandra Matviychuk, fundadora da organização de defesa dos direitos humanos Centro de Liberdades Civis da Ucrânia.


Para explicar o apelo, a ativista contou uma história pessoal.


"Tenho uma amiga que se juntou ao exército quando a Rússia começou esta guerra, em 2014. Ela é extremamente corajosa e quando a invasão em grande escala começou, voltou para o exército. Deixou o seu filho de seis anos e continuou a lutar para que ele tivesse um futuro de paz.


Ela estava entre os defensores ucranianos que libertaram a região de Kharkiv. Participou na batalha pelo filho. Há uma semana foi [vítima] da explosão de uma mina [apesar de] estar num carro civil", lembrou, sublinhando que a Ucrânia ainda usa carros civis para combater.


"Não temos veículos armados suficientes. Se tivéssemos veículos blindados, a minha amiga não estaria agora numa cama de hospital a lutar pela vida".


Apesar de garantir que "pessoalmente, até percebe" que a aliança militar NATO não se queira envolver diretamente na guerra, a advogada garante que a Ucrânia apenas precisa de mais ajuda.


"Entendo que é nossa obrigação lutar contra os ocupantes. Mas o que pedimos é para não nos deixarem lutar de mãos vazias", afirmou.


Segundo defendeu, os políticos que tomam decisões têm de ser chamados à razão e isso passa por formar movimentos populares.


"Sermos ouvidos depende de quantas pessoas conseguimos mobilizar no apelo geral por justiça. Foi por isso que no meu discurso do Nobel também falei sobre movimentos, sobre cooperação horizontal, sobre solidariedade, sobre iniciativas conjuntas", explicou.


Para Oleksandra Matviychuk, o futuro da Europa passa pelas pessoas comuns e pelas suas decisões.


"Se os nossos bravos colegas russos defensores dos direitos humanos [co-vencedores do Prémio Nobel], que apenas têm as suas palavras, decidiram chamar abertamente as coisas pelo nome -- falaram da guerra como guerra e das atrocidades como atrocidades -, pessoas que têm muito mais instrumentos podem organizar manifestações, podem instar os seus governos a apoiar a Ucrânia e a fornecer mais armas e assistência económica", referiu a ativista.


Mas não só. Pessoas comuns "podem tomar uma decisão muito simples: dizer que não querem que o seu país compre gasolina à Rússia porque a liberdade vale a pena", disse.


"Isto não é uma escolha entre dois tipos de gás e dois tipos de preço. É uma escolha entre apoiar o modelo autoritário ou apoiar a democracia", acrescentou.


"A Europa tem a opção de decidir entre algum desconforto hoje ou uma catástrofe amanhã. Esta é escolha para derrotar Putin e acabar com a tentativa da Rússia de restaurar o império russo.


As "pessoas comuns" são, aliás, aquilo que a ativista ucraniana considera a sua inspiração.


"Quando as tropas russas tentaram cercar Kiev, as organizações internacionais retiraram imediatamente o seu pessoal. Mesmo aqueles que deveriam estar connosco e fornecer ajuda humanitária monitorizando a violação dos direitos humanos. Fizemos um apelo, em março, para que, por favor, voltassem. Não voltaram. Mas as pessoas comuns ficaram. Ajudam-se umas às outras", disse a vencedora de dois dos mais importantes prémios de defesa da paz, que também se vê como uma pessoa comum.


"Eu também me recusei a sair do país", referiu, admitindo que receber o Nobel da Paz lhe trouxe uma nova responsabilidade porque a distinção "proporciona uma oportunidade única de se ser ouvida".



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Ativista ucraniana premiada quer alargar conceito de genocídio


A ativista dos direitos humanos que representou esta semana no Parlamento Europeu o "corajoso povo ucraniano", vencedor do Prémio Sakharov 2022, garante que a Rússia está a praticar genocídio no seu país e quer ver o conceito atualizado.


Ativista ucraniana premiada quer alargar conceito de genocídio



"O significado de genocídio não está totalmente atualizado no direito internacional, mas é muito lógico: se se quer destruir total ou parcialmente um grupo étnico, não é preciso matar todas as pessoas, pode-se mudar a sua identidade e o grupo desaparecerá", defendeu Oleksandra Matviychuk, em entrevista à Lusa, em Estrasburgo, França.


Presente na sede do Parlamento Europeu, na cidade francesa, como uma das representantes da sociedade civil ucraniana, a advogada de direitos humanos e fundadora do Centro de Liberdades Civis da Ucrânia, que no sábado passado, recebeu o Prémio Nobel da Paz, denuncia que os russos praticam genocídio nos territórios ocupados da Ucrânia.


"Eles proíbem a natureza ucraniana. Fornecem crianças ucranianas para adoções forçadas. Fornecem toda a educação com os chamados padrões russos. Quando falei com professores de uma escola sob ocupação, disseram-me que a primeira coisa que os soldados russos pediram nas escolas foi para lhes entregarem todos os livros de História ucraniana. Portanto, querem apagar na totalidade a identidade ucraniana", descreveu.


Segundo adiantou, a Rússia quer, à força, fazer as pessoas acreditarem que não são ucranianas, são russas.


"Isto é um genocídio, porque se tiverem sucesso nessa política, cumprirão o seu objetivo total ou parcialmente, destruindo grupos étnicos nas suas próprias terras", afirmou.



Para Oleksandra Matviychuk, é preciso desenvolver as leis internacionais e voltar a dar ao conceito de 'genocídio' o significado que foi pensado pelos fundadores do termo.


"Muitos advogados com quem falei avisaram-me que isso é muito difícil porque há poucos precedentes. Mas no século passado também era muito difícil imaginar que haveria uma organização internacional que poderia interferir nos assuntos da vida interna de Estados que violam massivamente os direitos humanos. A ideia também era chocante e foi marginalizada. Por que é que agora ainda temos esta barreira mental?", questionou.


Sublinhando não ter "qualquer dúvida" que a Rússia ocupará outros países se não for travada na Ucrânia, a ativista defendeu que se trata de um problema cultural.


"O problema é que esta não é a guerra do [Presidente da Federação Russa, Vladimir] Putin, é uma guerra da nação russa", defendeu.


Segundo referiu a advogada, "Putin governa o país não apenas com repressão e censura, mas com um contrato social especial baseado na chamada 'glória russa' e na Rússia como uma nação imperialista".


Os russos "acham que a 'glória da Rússia' é restaurar, nem que seja à força, o império soviético. É por isso que concordam com a ida de tropas para território de outros países", disse.


Um conceito que Oleksandra Matviychuk acha "muito difícil explicar para pessoas com outra mentalidade", mas que compara à crença de algumas pessoas de que a Terra não é redonda, mas sim plana.


"Faz parte da cultura russa e merece uma reflexão histórica. Mas isso significa que, se não se conseguir deter Putin na Ucrânia, ele irá mais longe. Só o sucesso da Ucrânia pode levar a Rússia, como nação, a repensar o que é a 'glória russa'", defendeu.


De acordo com a ativista, a 'coragem' do povo ucraniano, que lhe valeu a atribuição pelo Parlamento Europeu do Prémio Sakharov para a Liberdade de Pensamento 2022, baseia-se "em valores".


"Estamos a lutar com os russos pela nossa independência há séculos. E quando se tenta fazer uma investigação sociológica para perceber como é que ainda existimos - depois do império russo, depois da União Soviética, depois de Holodomor, que foi o genocídio de milhões de pessoas à fome, depois da repressão, quando os russos mataram toda uma elite de escritores e historiadores --, o que vemos é que as pessoas têm como principal valor a liberdade", argumentou.


"É algo muito difícil de explicar porque não é materializável, tem a ver com espírito", concluiu.




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"A justiça não pode esperar" e crimes russos devem ser julgados já


A ativista de direitos humanos Oleksandra Matviychuk afirmou à Lusa que os julgamentos que a Ucrânia pretende para os crimes de guerra russos não são idênticos aos de Nuremberga, porque devem acontecer já, antes de a guerra terminar.


A justiça não pode esperar e crimes russos devem ser julgados já



"Os julgamentos de Nuremberga julgaram criminosos de guerra somente depois de o regime nazi ter entrado em colapso. Mas a justiça agora não pode esperar", defendeu a advogada, uma das laureadas deste ano com o Prémio Nobel da Paz, e uma das representantes do "corajoso povo ucraniano", que recebeu na quarta-feira o Prémio Sakharov 2022, atribuído anualmente pelo Parlamento Europeu.


Em entrevista à Lusa, à margem da cerimónia do prémio, em Estrasburgo, França, Oleksandra Matviychuk explicou que o tribunal especial para os crimes de guerra russos na Ucrânia, que defende em conjunto com o Governo do seu país, "deve ser estabelecido de imediato".


"Os julgamentos de Nuremberga, após a Segunda Guerra Mundial, constituíram um passo essencial para estabelecer a lei e a justiça", mas, segundo frisou a ativista, foi preciso esperar pelo fim da guerra para responsabilizar os criminosos.


No atual caso da guerra na Ucrânia, "é preciso iniciar já todos os preparativos e procedimentos legais para responsabilizar os perpetradores russos", defendeu.


"Um crime de guerra não precisa de ser investigado durante anos. É muito visível. Quando este tribunal especial for estabelecido - com o aval da ONU ou do Conselho da Europa ou da União Europeia, porque podem ser modelos diferentes -- vai levar apenas alguns meses para serem conhecidas todas as evidências", explicou a advogada.


Oleksandra Matviychuk tem defendido a ideia, anunciada inicialmente pelo Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, de ser constituído um tribunal especial para julgar a Rússia e de atualizar o sistema internacional de paz e segurança para impedir atos de agressão idênticos aos cometidos por Moscovo.


"A minha intenção é elaborar um mecanismo que possa fornecer justiça a todas as vítimas das atrocidades russas, porque as atividades do Tribunal Penal Internacional são muito importantes, mas limitadas a apenas alguns casos selecionados", referiu.


"Se vivo no século XXI, se digo que a vida de cada pessoa importa, se temos tecnologias digitais que nos podem ajudar a documentar, a identificar os criminosos, a reunir provas sólidas, temos que desenvolver o nosso sistema jurídico para atingir esse objetivo", defendeu a fundadora e líder da organização de defesa dos direitos humanos Centro de Liberdades Civis da Ucrânia.


Para conseguir alcançar este objetivo, "o Governo ucraniano promoveu a ideia da criação de um tribunal especial e nós apoiamos isso porque, infelizmente, no momento atual, não há outros órgãos internacionais que possam tratar de crimes de guerra. É uma lacuna de responsabilidade", explicou.


Os julgamentos defendidos por Kiev devem acontecer, de acordo com Oleksandra Matviychuk, na Ucrânia e devem permitir que todas as vítimas sejam apoiadas.


"Eu, que trabalho diretamente com as pessoas, sei que elas precisam restaurar não apenas as suas vidas destruídas e a sua visão estilhaçada do futuro, mas voltar a acreditar que a justiça existe", salientou a advogada, para quem a pena que deve ser atribuída ao Presidente russo, Vladimir Putin, é a "prisão perpétua".


"Colocamos em todas as convenções e constituições o 'slogan' de que a vida de cada pessoa importa, mas temos que pôr isto em prática, não deixar apenas no papel", prosseguiu.


A luta de Oleksandra Matviychuk para criar este novo sistema de justiça deve-se, como admitiu, ao receio de que o comportamento russo se torne um exemplo para líderes autoritários de outros países.


"Não temos um sistema internacional que garanta paz e segurança. Nem a ONU conseguiu impedir as atrocidades russas e isso mostra a outros líderes autoritários que podem fazer a mesma tentativa de ditar as regras do jogo à força", alertou.


"No meu discurso do Nobel [recebido no sábado passado], falei sobre a responsabilidade histórica de começar a projetar essa nova arquitetura para todas as pessoas no mundo, não apenas para os ucranianos. Talvez seja tarde demais para nós. Já estamos numa guerra, mas temos de dar garantias de segurança e direitos humanos a todos os cidadãos do mundo, independentemente de residirem ou não num país que pertence a algum bloco militar ou numa grande potência militar", considerou.


Não o fazer, defendeu, "será um desenvolvimento muito perigoso da humanidade porque se tornou muito visível que a lei não funciona", que vai conduzir a uma repetição da História, com "a ONU a ter o mesmo destino que teve a Liga das Nações".


Também conhecida como Sociedade das Nações, a Liga foi uma organização internacional criada em 1919 pelos países vencedores da Primeira Guerra Mundial, que visava assegurar a paz no mundo, tendo o fracasso deste objetivo levado à sua extinção em 1942.


"Temos de fazer alguma coisa", sublinhou ainda a advogada, defendendo que "o primeiro passo deve ser expulsar a Rússia do Conselho de Segurança das Nações Unidas por violação sistemática da carta da ONU".


A Rússia é um dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas e tem poder de veto.


Isto servirá "para dar um sinal aos líderes autoritários do mundo de que serão punidos" se levarem a cabo agressões contra outros países e culturas, finalizou Oleksandra Matviychuk.




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Cidade de Donetsk bombardeada por forças ucranianas


O autarca da cidade considerou este ataque como um dos mais massivos desde 2014.


Cidade de Donetsk bombardeada por forças ucranianas




As tropas ucranianas terão bombardeado Donetsk, cidade da Ucrânia controlada pela Rússia.


De acordo com as autoridades locais, citadas pela agência Reuters, os ataques, considerados uns dos “maiores em anos”, ocorreram durante a noite passada.


O autarca da cidade, Alexei Kulemzin, afirmou na rede social Telegram que "exatamente às 7h00 desta manhã, [as tropas ucranianas] submeteram o centro de Donetsk ao ataque mais massivo desde 2014".


"Quarenta mísseis foram disparados contra civis na nossa cidade", acrescentou Kulemzin, que classificou o ataque como crime de guerra.


Recorde-se que, a 24 de fevereiro deste ano, a Rússia invadiu a Ucrânia, desencadeando uma guerra que mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).




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Rússia ainda pretende conquistar toda a Ucrânia, alega Kyiv


Vários funcionários ucranianos têm já retratado o Kremlin como estando desesperado para inverter os recentes reveses militares.

Rússia ainda pretende conquistar toda a Ucrânia, alega Kyiv



A Rússia continua a ter intenções de levar a cabo uma longa guerra na Ucrânia e ainda quer conquistar o país inteiro, disse esta quinta-feira um alto funcionário militar ucraniano, aqui citado pela Reuters.


O Brigadeiro-General Oleksiy Gromov adiantou, num briefing de cariz militar, que embora não esperasse que Moscovo lançasse um ataque a partir da Bielorrússia, a Rússia estará a treinar novas tropas no solo do seu país vizinho - tendo, até, deslocado aviões militares para o mesmo.


"O Kremlin está a tentar transformar o conflito num prolongado confronto armado", referiu essa mesma fonte, embora não tenha esclarecido qual poderia ser o objetivo da Rússia com o prolongamento do conflito, que dura já há dez meses.


No mesmo briefing, a vice-ministra da Defesa, Hanna Malyar, advertiu contra a possibilidade de permitir a complacência após recentes revezes militares russos. "Nós e o mundo não devemos relaxar, porque o objetivo final da Federação Russa é conquistar toda a Ucrânia, e depois pode continuar em frente", disse.


Recorde-se que vários funcionários ucranianos têm já retratado o Kremlin como estando desesperado para inverter os recentes reveses militares - que incluíram uma retirada da cidade de Kherson após meses de ocupação - e garantir vitórias para justificar a guerra ao público russo.


O Kremlin nunca definiu totalmente os objetivos da sua invasão, que teve início a 24 de fevereiro, mas, segundo ele, a mesma pretendia proteger os russófonos residentes na Ucrânia oriental.



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Zelensky: "A Rússia arremessa todos e tudo o que tem para a ofensiva"


O líder ucraniano falou ainda de uma das vítimas mortais dos ataques desta quinta-feira em Kherson, uma voluntária da Cruz Vermelha.

Zelensky: A Rússia arremessa todos e tudo o que tem para a ofensiva



O presidente da Ucrânia disse, esta quinta-feira, que a Rússia bombardeou a Kherson 16 vezes desde o início deste dia, assim como se referiu a uma das vítimas, uma voluntária da Cruz Vermelha. "A mulher que morreu era paramédica, uma voluntária, as minhas condolências aos familiares", afirmou, durante o seu habitual discurso diário.


Referindo-se também a outros ataques que ocorreram na região de Kharkiv e na região separatista de Donbass, Volodymyr Zelensky notou que "os ocupantes [russos] arremessam todos e tudo o que têm para a ofensiva".


"Não podem derrotar o nosso exército, então destroem fisicamente todas as cidades e vilas para que não haja edifícios, nem mesmo paredes, que não possam ser usados para defesa", continuou.


O responsável defendeu ainda que a única forma de expulsar o exército russo era "passo a passo" e a continuamente "pressionar a Rússia". "É arranjar forma de responsabilizar cada terrorista russo, cada oligarca russo que ajudam o Estado e todos os responsáveis russos e propagandistas", rematou.


O responsável ucraniano relatou ainda que estavam a ser preparados novos eventos "para a semana", algo que poderá dar à "Ucrânia um maior apoio na defesa este inverno".


Zelensky referiu-se ainda ao anúncio de que a União Europeia vai fornecer 18 mil milhões de euros à Ucrânia no próximo ano. "É um bom resultado", sublinhou.




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Pró-russos de Lugansk acusam ucranianos de bombardeamentos mortais


As autoridades de ocupação russas na região de Lugansk, no leste da Ucrânia, acusaram as forças ucranianas de terem bombardeado hoje três localidades, provocando nove mortos e 24 feridos.


Pró-russos de Lugansk acusam ucranianos de bombardeamentos mortais





"Hoje de manhã cedo, ataques de artilharia por nacionalistas atingiram a cidade de Stakhanov e a aldeia de Lantratovka, no distrito de Troitsky. Oito pessoas morreram, 23 ficaram feridas", denunciou o líder da República Popular de Lugansk, Leonid Pasetchnik, na rede social Telegram, segundo transcrição divulgada no centro de imprensa regional.


Num outro ataque, segundo um outro comunicado divulgado pelo centro de imprensa de Lugansk, um civil morreu e outro ficou ferido em Svatovo.


Lugansk e Donetsk constituem a região ucraniana do Donbass e viram a sua declaração unilateral de independência ser reconhecida pela Rússia na véspera da invasão da Ucrânia, lançada em 24 de fevereiro deste ano.


Moscovo integrou Lugansk e Donetsk no território da Federação Russa em 30 de setembro, juntamente com Kherson e Zaporijia, depois de ter anexado a península da Crimeia em 2014.


As autoridades de Kyiv e a generalidade da comunidade internacional não reconhecem a soberania russa nos territórios ucranianos anexados.
O anúncio de Pasetchnik foi divulgado depois de as forças russas terem realizado mais uma série de ataques em várias zonas da Ucrânia, causando pelo menos dois mortos, e cortes de água e de energia em algumas cidades.


As duas vítimas dos bombardeamentos russos morreram num edifício residencial de Kryvyi Rih, cidade natal do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, de acordo com o governador regional Valentin Reznichenko, citado pela agência francesa AFP.


As autoridades ucranianas disseram que cerca de 40 mísseis foram lançados contra Kyiv, 37 dos quais "foram destruídos pelas forças de defesa aérea".


A administração militar da região de Kyiv disse que tinha resistido a "um dos maiores ataques de mísseis" desde o início da invasão russa, segundo a AFP.


Os ataques russos de hoje demonstram a determinação de Moscovo em destruir as infraestruturas de energia da Ucrânia, como admitiu o Presidente russo, Vladimir Putin, há cerca de uma semana.


Confrontada com uma série de grandes reveses militares no nordeste e sul do país no outono, a Rússia optou, em outubro, por uma tática de destruição das redes elétricas da Ucrânia, mergulhando milhões de civis no frio e na escuridão no inverno.


Esta tática russa foi denunciada recentemente pela ONU, que alertou para o risco que correm milhões de civis na Ucrânia, bem como para a possibilidade de uma nova onda de refugiados na Europa.


Mais de 7,8 milhões de pessoas fugiram da guerra na Ucrânia para outros países europeus, havendo ainda 6,5 milhões de deslocados internos, segundo dados das Nações Unidas.


Desconhece-se o número exato de baixas civis e militares em quase dez meses de guerra, mas diversas fontes, incluindo a ONU, têm admitido que será elevado.


As informações sobre o curso da guerra divulgadas pelas duas partes não podem ser verificadas de imediato por fontes independentes.




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Ucrânia: Dois mortos e cinco feridos em ataque russo contra Krivoy Rog


Pelo menos duas pessoas morreram e cinco ficaram feridas num ataque russo hoje que atingiu um edifício residencial em Krivoy Rog, no sul da Ucrânia, anunciou o governador regional.


Ucrânia: Dois mortos e cinco feridos em ataque russo contra Krivoy Rog



"Um míssil russo atingiu um edifício residencial (...) duas pessoas morreram", disse a fonte através do sistema de mensagens Telegram.


"Pelo menos cinco pessoas ficaram feridas, entre as quais duas crianças", refere a mesma mensagem acrescentando que "todos estão neste momento no hospital".


A Rússia lançou hoje um ataque de mísseis de "grande escala", segundo Kyiv, atingindo várias cidades da Ucrânia, nomeadamente a capital.
As autoridades ucranianas fizeram soar os alertas de ataque em 16 regiões do país.


O ataque atingiu instalações de distribuição e produção de energia mas, segundo as autoridades locais e militares, os mísseis foram também dirigidos contra zonas onde vivem civis.




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Ataque da artilharia russa atingiu zonas civis de Kyiv


A cidade de Kyiv voltou a ser alvo de ataques com mísseis russos que atingiram vários pontos da margem esquerda do rio Dnieper, disse o autarca da capital da Ucrânia.


Ataque da artilharia russa atingiu zonas civis de Kyiv





Segundo o presidente da Câmara de Kyiv, Vitali Klitschko, a "Rússia atingiu a margem esquerda da capital", em vários pontos ao nascer do dia.


"As equipas de salvamento foram enviadas para os locais afetados", acrescentou.


Numa outra mensagem emitida mais tarde pelo Telegram, o autarca referiu que foram atingidos os distritos Dniprovskyi e Holosiivskyi, onde há "edifícios civis".


Outro míssil atingiu a cidade de Busha, perto da capital.


As declarações da autarquia da capital ucraniana não fornecem detalhes sobre danos materiais dos ataques nem a existência de eventuais vítimas.


De acordo com os meios de comunicação social locais, 12 obuses atingiram a região de Zaporijia, sudeste da Ucrânia, parcialmente controlada pelas forças da Rússia e onde se situa a maior central nuclear da Europa.


Os avisos antiaéreos soaram em 16 região da Ucrânia hoje de manhã devido à barragem de artilharia russa que terá disparado pelo menos 60 mísseis contra cidade ucranianas.


De acordo com o portal da publicação Ukrainska Pravda, que cita fontes oficiais, 72 mísseis russos foram disparados contra a Ucrânia mas alguns projéteis foram destruídos pelas defesas antiaéreas.


A Ucrânia fez soar os alertas de ataque em todo o país, alertando para a população procurar refúgio, disse Vitalii Kim, chefe da Administração Militar da região de Mikolaiv referindo que as forças russas dispararam 60 mísseis.


O responsável militar destacou os ataques contra Kyiv e depois os disparos efetuados pela Rússia contra a províncias de Zhytomyr e Vinnytsia.



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Kyiv alvo de ataques de mais de 20 drones


A capital da Ucrânia foi hoje alvo de ataques de mais de duas dezenas de drones, informaram as autoridades locais, referindo que um ponto crucial de uma infraestrutura foi atingido.

Kyiv alvo de ataques de mais de 20 drones






O governo de Kyiv disse na rede social Telegram que mais de 20 drones, de fabrico iraniano, foram detetados no espaço aéreo da capital, e pelo menos 15 foram abatidos.


As autoridades acrescentaram que um ponto crítico de uma infraestrutura foi atingido, sem avançar com mais detalhes.
Não se sabe se os ataques causaram vítimas.


A Rússia tem como alvo infraestruturas energéticas, como parte de uma estratégia para tentar deixar a população sem forma de se aquecer.
Na sexta-feira, a capital da Ucrânia foi atingida por um ataque em grande escala da Rússia. Dezenas de mísseis foram lançados em todo o país, causando falhas generalizadas de energia.


A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia contra a Ucrânia já forçou a deslocação de mais de 14 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados das Nações Unidas, que classificam esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).



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