Não me Toque - Rio Grande do Sul (Brasil)
Não-Me-Toque é um município brasileiro do Estado do Rio Grande do Sul. Entre as várias versões que explicam a origem de Não-Me-Toque encontram-se: Um arbusto de tronco curto e recorto de espinhos, popularmente conhecido como não-me-toques, de nome científico Dasyphyllum spinescens (Less.) Cabrera, muito abundante na região na época da colonização italo-germânica; A expressão "não me toque nestas terras", ou "não me toque daqui" ditas por um fazendeiro português, referindo-se à sua grande fazenda, da qual nunca pretendia se desfazer. Entre a variedade de culturas e a produção de boas sementes, o trigo foi considerado por muitos anos o "cereal rei" das plantações, inspirando os munícipes a optarem pela troca do nome de Não-Me-Toque para Campo Real (1971). Depois de intensas campanhas, a população através de um plebiscito, optou pela antiga denominação de Não-Me-Toque (1976). As terras do município de Não-Me-Toque, como em outros municípios da região, tiveram a presença de índios como primeiros habitantes nativos. A partir de 1827, começaram a chegar na região do Planalto Médio, portugueses que iniciaram a actividade agro-pecuária. Em meados do século XX, os descendentes de italianos e alemães buscaram na Colónia Nova do "Alto Jacuhy" (hoje Alto Jacuí) melhores condições de vida, e nos lotes de terras adquiridos, começaram a dedicar-se à agricultura e à extracção de madeira, bem como instalação de pequenas fábricas e casas comerciais, tornando Não-Me-Toque sede da Colônia do Alto Jacuhy (1900).
A religião e a educação foram sempre as molas propulsoras do pequeno povoado que passou a vila, fazendo parte das terras de Rio Pardo, Cruz Alta, para posteriormente tornar-se distrito de Passo Fundo e Carazinho. A partir de 1949 começam a chegar os imigrantes holandeses e o município passa a ser o berço da imigração holandesa no Rio Grande do Sul. Em 18 de Dezembro de 1954 foi criado o município de Não-Me-Toque, sendo instalado em 28 de Fevereiro de 1955. A sua população é composta, principalmente, por descendentes de alemães, holandeses, e uma parcela de italianos e portugueses.