Miljan "Se a proposta for boa prometo analisá-la"
A excelente época realizada pelo Guimarães também lançou o nome do sérvio Miljan no mercado de transferências, um pouco à semelhança dos constantes rumores em torno das possíveis saídas dos colegas Geromel, Sereno e Desmarets. Embora já se tenham feito sentir alguns ecos vindos da Rússia e da China, o ponta-de-lança diz-se "tranquilo quanto ao futuro". Ainda com mais um ano de ligação aos vimaranenses, o dianteiro mostra-se na disposição de cumprir o contrato até ao fim", até porque tanto ele, como a sua família, estão "perfeitamente adaptados ao clube e à cidade". "Não penso em sair. Quero jogar no Vitória e continuar a mostrar, em Portugal, o meu valor", completou, estando, contudo, consciente de que "no futebol todas as movimentações são possíveis", por vezes num simples piscar de olhos. "Claro que aqui tudo pode acontecer. E, se surgir uma proposta que seja boa para mim e para o clube, vou analisá-la. Só que não faço disso uma obsessão", sublinhou, sem esconder uma sensação de dever cumprido pelos resultados da temporada, a nível pessoal e colectivo.
Seguindo a tendência de anos anteriores, em que chegou ao topo dos artilheiros das equipas que representou, esta temporada também foi o melhor marcador, com seis golos, a par de Ghilas, destacando as "exibições de grande nível de toda a equipa", ao ponto de o terceiro lugar no Campeonato assentar que nem uma luva. "Merecemos a presença nos lugares de acesso à Liga dos Campeões, porque lutámos muito", completou.
Qualquer que seja o cenário reservado para a temporada 2008/09, fica pelo menos a certeza de que o atacante não terá qualquer problema em assumir novamente o papel de futebolista aventureiro. Aos 26 anos, Miljan é um verdadeiro emigrante e, nos últimos oito, actuou em campeonatos tão distintos como o belga, austríaco, ucraniano e israelita, o que contribuiu, em larga escala, para a sua veia poliglota, falando fluentemente inglês, francês, italiano e alemão. "Sempre quis apostar na minha carreira e, por isso, deixei a Sérvia muito novo. Não me arrependo das escolhas que fiz, porque ganhei maturidade, e a experiência enriqueceu-me em termos culturais", recordou.
"JG"