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SIDA - A Epidemia Moderna!

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SIDA (Síndrome de Imuno Deficiência Adquirida, ou seja:
- É um síndrome porque é constituído por um grupo de sinais e de sintomas;
- É de imunodeficiência porque o que acontece é que o sistema imunitário fica cada vez mais deficiente, com menos capacidade de resposta ao longo da evolução da doença;
- Adquirida porque ao contrário de algumas doenças de imunodeficiência que são congénitas, ou seja, os indivíduos já as têm à nascença, esta doença surge depois de uma infecção por um vírus, o vírus VIH.
O que é o VIH?
O VIH é o Vírus da Imunodeficiência Humana. É um vírus da família dos retrovírus, o que significa que dos 2 tipo de ácido nucleico que podem constituir o código genético: DNA (ácido desoxirribonucleico) e RNA (ácido ribonucleico) este vírus é constituído por RNA.
Existem 2 tipos de VIH: VIH-1 e VIH-2. O VIH-1 é o mais frequente em todo o mundo e o VIH-2 foi inicialmente descoberto em África e é mais parecido com o Vírus da Imunodeficiência dos Símios do que com o VIH-1.
Como é que se fica com SIDA?
Para um indivíduo desenvolver SIDA tem de ser primeiro infectado pelo VIH. Nessa altura o sistema imunitário responde e faz baixar a concentração de vírus que se encontra no sangue. Aqui o indivíduo pode não sentir nada e chama-se assintomático ou pode ter um episódio de sintomas de infecção aguda que são normalmente sintomas parecidos com uma gripe:
- Febre,
- Faringite,
- Linfadenopatia (ou seja, aumento dos gânglios linfáticos),
- Dor de cabeça (cefaleias),
- Dores musculares (mialgias),
- Dores nas articulações (artralgias),
- Cansaço (letargia),
- Mal-estar,
- Falta de apetite (anorexia),
- Perda de peso,
- Náuseas, vómitos ou diarreia.
E ainda outros sintomas menos frequentes. Passada esta altura a concentração do vírus baixou devido a esta resposta do sistema imunitário mas ainda há vírus suficientes para continuar a replicar (criar novos vírus iguais a si próprios). Esses vírus vão infectando as células do sistema imunitário, especialmente um tipo particular: linfócitos T helper (que por serem marcados no laboratório com um marcador que se chama CD4, costumam dizer-se também células CD4 positivas: CD4+). Essas células infectadas vão sendo destruídas. Enquanto o indivíduo tem células CD4+ suficientes não sente nada, está assintomático. Este período pode durar 10 anos. Quando o indivíduo já tem tão poucas células CD4+ que não consegue responder a uma infecção surgem as infecções oportunistas. É a existência destas infecções e de outras doenças associadas ao efeito do vírus sobre o organismo que se chama SIDA. Assim sendo, o indivíduo com SIDA pode ter:
- Infecções que não são comuns nas pessoas com imunidade normal (pneumocystis carinii, mycobacterium tuberculosis, mycobacterium avium, toxoplasma gondii, vírus da varicella zoster, cryptotoccus neoformans, histoplasma capsulatum, coccidioides immitis, cytomegalovírus).
- Doenças respiratórias (bronquite, sinusite, pneumonia).
- Doenças cardíacas (cardiomiopatia por invasão por sarcoma de Kaposi, crytococose, doença de Chagas, toxoplasmose e derrames pericárdicos).
- Doenças gastro-intestinais (lesões orais como a candidíase, por exemplo, esofagite, diarreia, colite).
- Doença hepática (95% têm hepatite B).
- Doença pancreática (como efeito secundário dos medicamentos).
- Doença renal (nefropatia).
- Doença genito-urinária (infecções urinárias, candidíase vulvovaginal).
- Doenças endócrinas (lipodistrofia, hipertiroidismo, hipogonadismo)
- Doenças reumatológicas (artropatia, síndrome articular doloroso)
- Doenças hematopoiéticas (anemia, linfadenopatia generalizada, trombocitopenia).
- Doenças dermatológicas (dermatite seborreica, foliculite pustular eosinofílica, herpes).
- Doenças neurológicas (meningite asséptica, encefalopatia, convulsões, toxoplasmose cerebral, doença da medula espinal, neuropatias periféricas).
- Doenças oftalmológicas (retinite a citomegalovírus, síndrome de necrose retiniana).
- Doenças neoplásicas (sarcoma de Kaposi, linfomas)
Como se transmite a SIDA?
A SIDA transmite-se de 3 formas:
Via sexual:
- O vírus está concentrado no fluído seminal.
- A transmissão entre casais heterossexuais é a mais frequente.
- O risco de transmissão do homem para a mulher é 8 vezes superior ao inverso.
- O risco aumenta se existirem lesões nas superfícies em contacto com o líquido seminal ou fluído vaginal.
- A única forma totalmente segura de proteger este tipo de transmissão é a abstinência de relações sexuais.
- O uso de preservativo é o meio de prevenção mais seguro a seguir à abstinência.
Via parentérica (através do sangue):
- A transmissão por transfusões deixou de ser causa de grande risco desde que se realizam testes para despistar o vírus nos dadores.
- O mesmo se aplica a dadores de órgãos ou tecidos.
- Os utilizadores de drogas injectáveis estão em maior risco.
- Os trabalhadores da área da saúde e os que trabalham directamente com sangue ou seus derivados estão também em risco e por isso devem respeitar os procedimentos preventivos escrupulosamente.
Mãe/feto:
- A transmissão pode acontecer no 1º ou no 2º trimestre mas é mais comum na altura do parto.
- Sem tratamento da mãe o risco de transmissão é de 15-25% nos países desenvolvidos e aumenta para 25-35% nos países com piores cuidados de saúde.
- As grávidas devem fazer um teste voluntariamente e se forem seropositivas devem fazer tratamento anti-retroviral para reduzir a vírus, ser acompanhadas por um obstetra e devem evitar a amamentação (risco de transmissão de 5-15%).
Outros fluídos:
- Não existe evidência de transmissão da SIDA pela saliva, lágrima, suor ou urina. Os casos que existem e que reclamam ter sido esta a via de transmissão não podem excluir completamente a hipótese da transmissão por contacto com feridas ou erosões da pele.
A SIDA trata-se?
Sim, para além dos tratamentos específicos de cada uma das complicações da SIDA, existem tratamentos para reduzir a replicação do vírus, são os anti-retrovirais. Outros medicamentos disponíveis, que se usam em associação com estes, são os inibidores das proteases. Também muito importante é ajudar o doente e a família a lidar com a seropositividade primeiro e com a SIDA depois e principalmente a educação dos doentes para evitarem comportamentos que possam pôr em risco outras pessoas.

Viver com a SIDA

Tratamentos Anti-retrovírais:
Os tratamentos anti-retrovírais permitem preservar e recuperar parcialmente a função imunológica do organismo, podendo os seropositivos levar uma vida normal ou muito próxima do normal, desde que tomem as devidas precauções e que estejam informados sobre os perigos de determinados comportamentos e actividades.

Actividade Física:
Não há nada que impeça um seropositivo de fazer exercício, excepto se o cansaço ou outros sintomas o impedirem. Como se sabe, o exercício é importante para a saúde e ajuda a prevenir doenças cardiovasculares. Não se sabe se tem uma influência directa sobre a infecção com o VIH, mas a maior parte das pessoas que pratica exercícios, com regularidade, sente-se física e emocionalmente melhor.

Alimentação:
Os seropositivos devem ter bastante atenção ao seu regime alimentar, porque a perda de peso é um dos sintomas da infecção, podendo os doentes, numa fase avançada da doença, emagrecer de forma excessiva. É também necessário ter uma boa alimentação para ajudar a manter em forma o sistema imunológico, já que este está a ser afectado pelo vírus.

Vida Sexual:
Desde que se proteja e que tenha em atenção determinadas práticas sexuais, é possível manter um relacionamento sexual. Deve usar sempre preservativo em todos os tipos de relações sexuais, por duas razões, para proteger os parceiros e a si próprio, já que pode ser infectado por uma estirpe diferente do VIH ou por outras doenças sexualmente transmissíveis como a hepatite B. Devem se evitar as relações sexuais se o parceiro for mulher e estiver com o período menstrual.

Gravidez:
- As mulheres seropositivas podem passar o vírus ao filho durante a gestação;
- No momento do parto;
- Através do aleitamento.
Portanto, devem reflectir bem sobre essa possibilidade antes de engravidar. Caso o pai seja seropositivo e a mãe seronegativa, existe já a possibilidade de fazer fertilização in vitro com esperma «lavado», ou seja, utilizando apenas os espermatozóides que não estejam infectados. Este sistema, contudo, tem ainda um risco de transmissão de 1%.

Onde obter informação e apoio sobre os testes do VIH

O teste de despiste é comparticipado e qualquer médico de um centro de saúde ou de um hospital público pode passar ao utente uma credencial de forma a ser possível realizá-lo de forma acessível. No entanto, actualmente existem diversos serviços de despiste anónimo, confidencial e gratuito, que efectuam este serviço sem necessidade de identificar a pessoa ou ter de apresentar qualquer tipo de documento ou relatório médico. Para avaliar as condições de detecção da presença do vírus, deve passar um prazo de três meses (é chamado o período de janela), entre o início da infecção e a realização do teste. Durante este período, como em qualquer outro, é preciso que a pessoa se proteja e que tome as medidas preventivas para evitar os riscos de transmissão. Se o teste revelar a presença do vírus, a pessoa é dita seropositiva, ou portadora do VIH.

A SIDA em Portugal

Em apenas três meses foram registados 884 novos casos de VIH em Portugal, segundo resultados publicados no boletim do Centro de Vigilância Epidemiológica das Doenças Transmissíveis (CVEDF) do Instituto Nacional de Saúde. Entre 1 de Janeiro e 31 de Março de 2007, o Centro recebeu o maior número de casos desde que a epidemia entrou no país. Dos 884 casos, 55% não apresentam sintomas da doença, 35,7% são de sida em estado visível, 9,3% estão numa fase intermediária. As idades destes seropositivos vão dos 25 aos 39 anos, e 83,8% são homens. O total de casos oficiais de VIH em Portugal são 13.287, mas os cálculos apontam para 30.000. Destes casos identificados, 51,7% são de sida, 9,3% são intermediários e 39% são seropositivos. De acordo com estes resultados a fase intermediária é muito reduzida, o que poderá indicar ou um rápido desenvolvimento do vírus ou uma tardia descoberta do mesmo.

A toxicodependência continua a liderar as causas de transmissão com 33% dos casos, seguida pela heterosexualidade (26,6%) e homo/bisexualidade (28%), o que contraria a ideia de que a sida é a doença das prostitutas e dos homossexuais.

Estatísticas e números sobre a SIDA:
- 2 é o número de vírus VIH existentes: VIH-1 e VIH-2;
- 10 é o número de subtipos do vírus VIH-1 do grupo M;
- 50% das infecções adquiridas em 2004 ocorreram em pessoas entre 15 e 24 anos;
- 95% dos novos casos de infecção em 2004 ocorreram em países em desenvolvimento, sobretudo África;
- 1984 foi o ano em que o VIH foi identificado;
- 14.000 foram infectadas diariamente com o VIH (em 2004);
- 3,1 milhões é o número de seropositivos que morreram em 2004;
- 4,9 milhões é o número de novas infecções em 2004;
- 22 milhões de pessoas morreram vítimas de SIDA;
- 28 milhões de crianças africanas terão em 2010, perdido pelo menos um dos pais, em consequência da SIDA. No total dos países em desenvolvimento, estima-se que esse número seja de 44 milhões (relatório agência americana para desenvolvimento internacional, 2000);
- 39,4 milhões de pessoas estão infectadas em todo o mundo.
 

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História da SIDA

O primeiro caso conhecido de SIDA foi detectado em Kinshasa, República Democrática do Congo, em 1959. Nesta altura a doença era desconhecida. Só em 1978, foi conhecida a primeira vítima: um homossexual de São Francisco (E.U.A.). Nos E.U.A., em 1981, começou a notar-se uma taxa alarmante de um tipo de cancro raro (Kaposi's Sarcoma) em homossexuais. Os investigadores concluíram em 1984, que o vírus responsável pela doença era o HIV. Nessa altura, já havia cerca de 11.000 casos de SIDA nos EUA. O mundo despertou para o problema quando Rock Hudson, actor, assumiu, em 1985, que tinha SIDA. Foi o primeiro famoso a reconhecer a doença e um ano depois faleceu. No dia 23 de Novembro de 1991, Freddie Mercury, vocalista dos Queen, anunciou que também estava infectado e morreu, exactamente, no dia seguinte.

A pesquisa genética indica que o HIV teve origem na África Centro Ocidental durante o século XIX e início do século XX. A SIDA foi reconhecida pela primeira vez pelos Centers for Disease Control and Prevention dos Estados Unidos, em 1981, e sua causa, o HIV, foi identificado no início dos anos 1980.

O Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, registou o Pneumocystis carinii (conhecida por ser causada por Pneumocystis jirovecii) em cinco homossexuais em Los Angeles, Califórnia. No início, o CDC não tinha um nome oficial para a doença, muitas vezes referindo-se a ela por meio das doenças que foram associados a ela, como por exemplo a linfadenopatia, a doença que os descobridores do HIV originalmente nomearam o vírus. Eles também utilizaram o nome "Sarcoma de Kaposi e infecções oportunistas".

A mais antiga identificação positiva do vírus HIV conhecida vem do Congo em 1959 e 1960, embora os estudos genéticos indicam que o vírus tenha passado para a população humana vindo de chimpanzés, cinquenta anos antes.

Um estudo recente afirma que o HIV provavelmente mudou da África para o Haiti e, em seguida, entrou nos Estados Unidos em torno de 1969.

O vírus HIV descende do Vírus da Imunodeficiência Símia (SIV), que infecta símios e macacos na África. Existem evidências de que os seres humanos que participam de actividades de caça de animais selvagens, seja como caçadores ou como vendedores de carne de caça, normalmente adquirem o SIV. No entanto, apenas algumas destas infecções foram capazes de causar epidemias em humanos e todas só aconteceram no final do século XIX e início do século XX. Para explicar por que o HIV se tornou epidemia só nessa época, existem várias teorias, cada uma invocando factores de condução específica que podem ter promovido a adaptação do SIV nos seres humanos ou a propagação inicial:
- Mudanças sociais após o colonialismo;
- Rápida transmissão do SIV através de injecções inseguras ou não-esterilizadas (isto é, injecções em que a agulha é reutilizada sem ser esterilizada);
- Abusos coloniais e vacinação contra a varíola através de injecções inseguras;
- Prostituição e a frequência elevada de doenças concomitantes à úlcera genital (como a sífilis) em nascente cidades coloniais.
A teoria mais controversa sugere que a SIDA foi inadvertidamente, iniciada no final dos anos 1950 no Congo Belga durante as pesquisas de Hilary Koprowski para a criação de uma vacina contra a poliomielite. De acordo com o consenso científico, essa hipótese não é apoiada pelas provas disponíveis.
 

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SIDA no Mundo!

A África Subsariana continua sendo de longe a região mais afectada. Estima-se que em 2007, a região continha 68% de todas as pessoas vivendo com SIDA e 76% de todos os óbitos por SIDA, com 1,7 milhões de novas infecções levando o número de pessoas vivendo com HIV para 22,5 milhões, com 11,4 milhões de órfãos da SIDA vivendo na região. Ao contrário de outras regiões, a maioria das pessoas vivendo com o HIV na África Subsaariana em 2007 (61%) eram mulheres. A prevalência em adultos em 2007 foi estimada em 5% e a SIDA continua a ser a maior causa de mortalidade nesta região do planeta.

A África do Sul tem a maior população de portadores do HIV no mundo, seguida pela Nigéria e pela Índia.

O Sul e o Sudeste da Ásia são a segunda região pior afectada, e em 2007, estima-se que esta região continha 18% de pessoas vivendo com a SIDA e cerca de 300.000 óbitos devido a doença.

A Índia tem cerca de 2,5 milhões de infecções e uma prevalência estimada de adultos de 0,36%.

A expectativa de vida da população caiu drasticamente nos países mais afectados; por exemplo, em 2006, estimou-se que caiu de 65 para 35 anos em Botswana.

Nos Estados Unidos, jovens mulheres afro-americanas também estão em risco invulgarmente elevado de infecção pelo HIV. Os afro-americanos formam 10% da população, mas cerca de metade dos casos de HIV em todo os Estados Unidos. Isto acontece devido em parte à falta de informações sobre a SIDA e uma percepção de que são invulneráveis, bem como ao acesso limitado aos recursos de saúde e uma maior probabilidade de contacto sexual sem protecção.

No Brasil, estima-se que existam 630 mil pessoas vivendo com o HIV. De 1980 (o início da epidemia) até Junho de 2009, foram registados 217.091 óbitos decorrente da doença. Cerca de 33 mil a 35 mil novos casos da doença são registados todos os anos no país:
- A região Sudeste tem a maior percentagem (59%) do total de notificações por ser a mais populosa do país, com 323.069 registos da doença.
- O Sul concentra 19% dos casos.
- O Nordeste, 12%.
- O Centro-Oeste, 6%;
- A região Norte, 3,9%.
Dos 5564 municípios brasileiros, 87,5% (4867) registaram pelo menos um caso da doença.

Em Portugal, desde 1983 até 2009, a doença já infectou quase 35 mil pessoas.

Kit SIDA

Em Portugal o programa “Diz não a uma seringa em segunda mão” é o resultado de uma parceria entre a Comissão Nacional de Luta contra a SIDA (CNLCS) e a Associação Nacional das Farmácias (ANF) representante da maioria das FARMÁCIAS existentes em Portugal. Neste momento é o Ministério da Saúde (IGIF) que suporta os custos do Kit Sida.
O kit Sida é composto por:
- Duas seringas estéreis;
- Dois toalhetes embebidos em álcool a 70º;
- Um preservativo;
- Uma ampola de água destilada;
- Um filtro;
- Uma bula com informação prática sobre comportamentos que permitem reduzir os riscos de transmissão da SIDA (AIDS) e das hepatites.
Os Farmacêuticos Portugueses nas Farmácias aderentes ao programa, assim como dois postos móveis, trocam gratuitamente aos toxicodependentes duas seringas por um Kit, sendo as seringas já utilizadas, colocadas num contentor especial, que é selado quando cheio. Esse contentor é recolhido e destruído posteriormente pela empresa Cannon Hygiene de Portugal. Os Kit's e contentores são entregues também gratuitamente às farmácias pelas Cooperativas de distribuição Farmacêutica - Codifar, Cofanor, Cofarbel, Cooprofar, Farbeira, Farcentro, União dos Farmacêuticos, e os armazenistas Farmadeira e Proconfar. Actualmente também estão envolvidas neste programa diversas Câmaras Municipais. Neste momento também estão envolvidas neste projecto algumas ONG (Organizações não governamentais) que trabalham na problemática da toxicodependência:
- ACEDA;
- Acompanha;
- Associação Abraço;
- Associação Centro Jovem Tejo;
- Associação de Beneficência Luso-Alemã – ABLA;
- Associação Novo Dia;
- Associação Novo Olhar - Coimbra;
- Associação Novos Rostos, Novos Desafios;
- Associação Pelo Prazer de Viver;
- Associação Picapau;
- Câmara Municipal de Évora;
- Câmara Municipal de Fafe;
- Cáritas Diocesana de Coimbra;
- Centro Comunitário Paróquia de Carcavelos - Concelho de Cascais;
- Centro da Fonte da Prata;
- Centro de Acolhimento de Alcântara;
- Centro de aconselhamento DROPIN - zona do Intendente em Lisboa;
- Centro de Saúde de Santiago;
- Centro Social de Paramos;
- Crescer na Maior;
- Delegação Distrital de Braga da Cruz Vermelha Portuguesa;
- Desafio jovem;
- Espaço Pessoa;
- Fundação AMI - Porta Amiga das Olaias - Lisboa;
- Fundação AMI – Porta Amiga de Almada;
- Gabinete de Atendimento à Família;
- Instituto Piaget;
- LPPS – Liga portuguesa de Profilaxia Social;
- Movimento de Apoio à Problemática da SIDA (MAPS) - Algarve;
- Nortevida – Associação para a Promoção da Saúde;
- Projecto Arrimo – Fundação Filos;
- Projecto Auto estima - Braga, Viana do Castelo e Matosinhos;
- Projecto STOP-SIDA - Coimbra;
- Prosalis;
- VITAE – Centro de Acolhimento do Beato;
Desde Outubro de 1993 até Dezembro de 2004, foram trocadas cerca de 33 milhões de seringas (mais de 15 milhões só em Lisboa e mais de 6 milhões no Porto), mostrando a grande capacidade das farmácias portuguesas em colaborar na defesa da Saúde Pública. Até Dezembro de 2004, foram notificados 25.968 casos de infecção VIH/SIDA, segundo dados fornecidos pelo Centro de Vigilância Epidemiológica das Doenças Transmissíveis do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge.

Quantos mais casos seriam notificados se o Kit Sida não fosse distribuído gratuitamente por todo o país ?
 

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Cronologia da SIDA

1978: Homossexuais na América e Suécia e heterossexuais na Tanzânia e Haiti começam a mostrar sinais do que seria mais tarde denominado de SIDA.
1980: 31 casos mortais nos Estados Unidos da América.
1981: Nos E.U.A. nota-se um aumento alarmante de Sarcoma de Kaposi (cancro de pele raro) em homossexuais. A doença é primeiro chamada de "gay cancer" e mais tarde, foi identificada por GRID ("Gay Related Immuno Deficiency"), antes de se perceber que podia afectar todas as pessoas, independentemente do sexo, orientação sexual, estado de saúde ou localização geográfica.
1982: É usado pela primeira vez o termo AIDS ("Acquired Immune Deficiency Syndrome"). Não se sabe qual é o agente causador da doença. O número de diagnósticos positivos assim como o número de mortes aumenta exponencialmente.
1983: O Instituto Pasteur (França) descobre o vírus VIH. Surgem os primeiros centros de apoio, prevenção e educação de pessoas infectadas com VIH. Os casos são cada vez mais.
1984: Nos E.U.A. são já diagnosticados 11.055 casos de SIDA e 5620 mortes relacionadas.
1985: O primeiro teste anticorpo HIV/VIH é aprovado pela FDA ("Federal Drug Administracion"). Os produtos à base de sangue começam a ser testados. Realiza-se a Primeira Conferência Internacional sobre SIDA. Realiza-se o primeiro filme com a temática da SIDA: "The Normal Heart" de Larry Kramer.
1986: Surgem as primeira vozes pela Educação Sexual. Programa sobre a SIDA surge na BBS (Canal de televisão dos EUA).
1987: A primeira droga para tratamento da SIDA é aprovada pelo FDA: AZT (Zidovudine) da Glaxo Wellcome. A dose é de 100mg de 4 horas em 4horas. O Canadá interrompe a distribuição de sangue. Os E.U.A. não deixam entrar emigrantes contaminados por VIH. Depois de uma manifestação do ACT-UP ("AIDS Coalitaion To Unleash Power") o FDA anuncia a redução de dois anos no processo de aprovação de novas drogas para o tratamento da SIDA.
1988: O Governo dos E.U.A. distribui folhetos informativos sobre a SIDA. O Trimetrexato é a primeira droga para a SIDA a ter a sua distribuição pré-aprovada sob as novas normas de tratamento. Foi usada para o tratamento de pneumonia por Pneumicytis carinii em doentes com SIDA que não toleram formas padrão de tratamento. Intron A e Roferon A (injecção de interferon-alfa humano) é licenciada para tratamento do Sarcoma de Kaposi. Aprovado o ganciclovir para tratamento de Cytomegalovirus renitis. A OMS (Organização Mundial de Saúde) designa o "Dia Mundial da SIDA": 1 de Dezembro.
1989: NebuPent (aerossol de Pentamidine) é aprovado para prevenção de pneumonia. Cytovene (ganciclovir) aprovado para tratamento de infecção retinal por citomegalovírus. Dideoxinosine (ddl) usado em doentes intolerantes ao AZT. É autorizado o primeiro kit diagnóstico para detectar a presença do VIH-1 através de proteínas ou antígenos do vírus.
1990: 198.466 casos de SIDA nos E.U.A. e 121.255 mortes.
1991: Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde) existem 10 milhões de infectados em todo o mundo. A ddi (didanosine, Visex), um inibidor do vírus, dos laboratórios Bristol-Myers Squibb é aprovado nos E.U.A.
1992: DDC (zalcitabine, Hivid) da Roche é o novo inibidor aprovado nos E.U.A.
1993: O governo dos E.U.A. revê a definição de SIDA e das novas infecções oportunistas. É aprovado o preservativo feminino. A FDA recusa-se a permitir o teste para sexo anal por ser ilegal em muitos Estados dos E.U.A. Oficiais franceses são presos por permitirem o uso de sangue contaminado nos bancos de sangue.
1994: O d4t (Zerit) da Bristol.Myers Squibb, um novo inibidor do vírus é aprovado.
1995: Saquinavir (Invirase) da Roche é aprovado nos E.U.A. São presas quatro pessoas na Alemanha por venderem sangue contaminado.
1996: São aprovadas as seguintes novas drogas: Nevirapine (Viramune) dos laboratórios Roxane; Ritonavir da Abbott e Indinavir da Merck. O Japão processa a Green Cross Pharmaceutical Corp. por comercializar sangue contaminado. Descobre-se que o Sarcoma de Kaposi é causado pelo vírus herpes.
1997: 22 milhões de infectados em todo o mundo e 6.400.000 mortes causadas pelo SIDA desde o seu aparecimento.
1998: FDA aprova o abacavir (Ziagen) para adultos e crianças.
1999: FDA promete acelerar a aprovação do amprenavir, para uso em crianças maiores de 4 anos, adultos e idosos, em combinação com outros anti-retrovirais.
2000: FDA acelera a aprovação do Kaletra, um inibidor para Adultos e crianças maiores de 6 meses de idade com VIH, assim como do Trizivir para tratamento em adultos e adolescentes.
 
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