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SIDA (Síndrome de Imuno Deficiência Adquirida, ou seja:
- É um síndrome porque é constituído por um grupo de sinais e de sintomas;
- É de imunodeficiência porque o que acontece é que o sistema imunitário fica cada vez mais deficiente, com menos capacidade de resposta ao longo da evolução da doença;
- Adquirida porque ao contrário de algumas doenças de imunodeficiência que são congénitas, ou seja, os indivíduos já as têm à nascença, esta doença surge depois de uma infecção por um vírus, o vírus VIH.
O que é o VIH?
O VIH é o Vírus da Imunodeficiência Humana. É um vírus da família dos retrovírus, o que significa que dos 2 tipo de ácido nucleico que podem constituir o código genético: DNA (ácido desoxirribonucleico) e RNA (ácido ribonucleico) este vírus é constituído por RNA.
Existem 2 tipos de VIH: VIH-1 e VIH-2. O VIH-1 é o mais frequente em todo o mundo e o VIH-2 foi inicialmente descoberto em África e é mais parecido com o Vírus da Imunodeficiência dos Símios do que com o VIH-1.
Como é que se fica com SIDA?
Para um indivíduo desenvolver SIDA tem de ser primeiro infectado pelo VIH. Nessa altura o sistema imunitário responde e faz baixar a concentração de vírus que se encontra no sangue. Aqui o indivíduo pode não sentir nada e chama-se assintomático ou pode ter um episódio de sintomas de infecção aguda que são normalmente sintomas parecidos com uma gripe:
- Febre,
- Faringite,
- Linfadenopatia (ou seja, aumento dos gânglios linfáticos),
- Dor de cabeça (cefaleias),
- Dores musculares (mialgias),
- Dores nas articulações (artralgias),
- Cansaço (letargia),
- Mal-estar,
- Falta de apetite (anorexia),
- Perda de peso,
- Náuseas, vómitos ou diarreia.
E ainda outros sintomas menos frequentes. Passada esta altura a concentração do vírus baixou devido a esta resposta do sistema imunitário mas ainda há vírus suficientes para continuar a replicar (criar novos vírus iguais a si próprios). Esses vírus vão infectando as células do sistema imunitário, especialmente um tipo particular: linfócitos T helper (que por serem marcados no laboratório com um marcador que se chama CD4, costumam dizer-se também células CD4 positivas: CD4+). Essas células infectadas vão sendo destruídas. Enquanto o indivíduo tem células CD4+ suficientes não sente nada, está assintomático. Este período pode durar 10 anos. Quando o indivíduo já tem tão poucas células CD4+ que não consegue responder a uma infecção surgem as infecções oportunistas. É a existência destas infecções e de outras doenças associadas ao efeito do vírus sobre o organismo que se chama SIDA. Assim sendo, o indivíduo com SIDA pode ter:
- Infecções que não são comuns nas pessoas com imunidade normal (pneumocystis carinii, mycobacterium tuberculosis, mycobacterium avium, toxoplasma gondii, vírus da varicella zoster, cryptotoccus neoformans, histoplasma capsulatum, coccidioides immitis, cytomegalovírus).
- Doenças respiratórias (bronquite, sinusite, pneumonia).
- Doenças cardíacas (cardiomiopatia por invasão por sarcoma de Kaposi, crytococose, doença de Chagas, toxoplasmose e derrames pericárdicos).
- Doenças gastro-intestinais (lesões orais como a candidíase, por exemplo, esofagite, diarreia, colite).
- Doença hepática (95% têm hepatite B).
- Doença pancreática (como efeito secundário dos medicamentos).
- Doença renal (nefropatia).
- Doença genito-urinária (infecções urinárias, candidíase vulvovaginal).
- Doenças endócrinas (lipodistrofia, hipertiroidismo, hipogonadismo)
- Doenças reumatológicas (artropatia, síndrome articular doloroso)
- Doenças hematopoiéticas (anemia, linfadenopatia generalizada, trombocitopenia).
- Doenças dermatológicas (dermatite seborreica, foliculite pustular eosinofílica, herpes).
- Doenças neurológicas (meningite asséptica, encefalopatia, convulsões, toxoplasmose cerebral, doença da medula espinal, neuropatias periféricas).
- Doenças oftalmológicas (retinite a citomegalovírus, síndrome de necrose retiniana).
- Doenças neoplásicas (sarcoma de Kaposi, linfomas)
Como se transmite a SIDA?
A SIDA transmite-se de 3 formas:
Via sexual:
- O vírus está concentrado no fluído seminal.
- A transmissão entre casais heterossexuais é a mais frequente.
- O risco de transmissão do homem para a mulher é 8 vezes superior ao inverso.
- O risco aumenta se existirem lesões nas superfícies em contacto com o líquido seminal ou fluído vaginal.
- A única forma totalmente segura de proteger este tipo de transmissão é a abstinência de relações sexuais.
- O uso de preservativo é o meio de prevenção mais seguro a seguir à abstinência.
Via parentérica (através do sangue):
- A transmissão por transfusões deixou de ser causa de grande risco desde que se realizam testes para despistar o vírus nos dadores.
- O mesmo se aplica a dadores de órgãos ou tecidos.
- Os utilizadores de drogas injectáveis estão em maior risco.
- Os trabalhadores da área da saúde e os que trabalham directamente com sangue ou seus derivados estão também em risco e por isso devem respeitar os procedimentos preventivos escrupulosamente.
Mãe/feto:
- A transmissão pode acontecer no 1º ou no 2º trimestre mas é mais comum na altura do parto.
- Sem tratamento da mãe o risco de transmissão é de 15-25% nos países desenvolvidos e aumenta para 25-35% nos países com piores cuidados de saúde.
- As grávidas devem fazer um teste voluntariamente e se forem seropositivas devem fazer tratamento anti-retroviral para reduzir a vírus, ser acompanhadas por um obstetra e devem evitar a amamentação (risco de transmissão de 5-15%).
Outros fluídos:
- Não existe evidência de transmissão da SIDA pela saliva, lágrima, suor ou urina. Os casos que existem e que reclamam ter sido esta a via de transmissão não podem excluir completamente a hipótese da transmissão por contacto com feridas ou erosões da pele.
A SIDA trata-se?
Sim, para além dos tratamentos específicos de cada uma das complicações da SIDA, existem tratamentos para reduzir a replicação do vírus, são os anti-retrovirais. Outros medicamentos disponíveis, que se usam em associação com estes, são os inibidores das proteases. Também muito importante é ajudar o doente e a família a lidar com a seropositividade primeiro e com a SIDA depois e principalmente a educação dos doentes para evitarem comportamentos que possam pôr em risco outras pessoas.
Viver com a SIDA
Tratamentos Anti-retrovírais:
Os tratamentos anti-retrovírais permitem preservar e recuperar parcialmente a função imunológica do organismo, podendo os seropositivos levar uma vida normal ou muito próxima do normal, desde que tomem as devidas precauções e que estejam informados sobre os perigos de determinados comportamentos e actividades.
Actividade Física:
Não há nada que impeça um seropositivo de fazer exercício, excepto se o cansaço ou outros sintomas o impedirem. Como se sabe, o exercício é importante para a saúde e ajuda a prevenir doenças cardiovasculares. Não se sabe se tem uma influência directa sobre a infecção com o VIH, mas a maior parte das pessoas que pratica exercícios, com regularidade, sente-se física e emocionalmente melhor.
Alimentação:
Os seropositivos devem ter bastante atenção ao seu regime alimentar, porque a perda de peso é um dos sintomas da infecção, podendo os doentes, numa fase avançada da doença, emagrecer de forma excessiva. É também necessário ter uma boa alimentação para ajudar a manter em forma o sistema imunológico, já que este está a ser afectado pelo vírus.
Vida Sexual:
Desde que se proteja e que tenha em atenção determinadas práticas sexuais, é possível manter um relacionamento sexual. Deve usar sempre preservativo em todos os tipos de relações sexuais, por duas razões, para proteger os parceiros e a si próprio, já que pode ser infectado por uma estirpe diferente do VIH ou por outras doenças sexualmente transmissíveis como a hepatite B. Devem se evitar as relações sexuais se o parceiro for mulher e estiver com o período menstrual.
Gravidez:
- As mulheres seropositivas podem passar o vírus ao filho durante a gestação;
- No momento do parto;
- Através do aleitamento.
Portanto, devem reflectir bem sobre essa possibilidade antes de engravidar. Caso o pai seja seropositivo e a mãe seronegativa, existe já a possibilidade de fazer fertilização in vitro com esperma «lavado», ou seja, utilizando apenas os espermatozóides que não estejam infectados. Este sistema, contudo, tem ainda um risco de transmissão de 1%.
Onde obter informação e apoio sobre os testes do VIH
O teste de despiste é comparticipado e qualquer médico de um centro de saúde ou de um hospital público pode passar ao utente uma credencial de forma a ser possível realizá-lo de forma acessível. No entanto, actualmente existem diversos serviços de despiste anónimo, confidencial e gratuito, que efectuam este serviço sem necessidade de identificar a pessoa ou ter de apresentar qualquer tipo de documento ou relatório médico. Para avaliar as condições de detecção da presença do vírus, deve passar um prazo de três meses (é chamado o período de janela), entre o início da infecção e a realização do teste. Durante este período, como em qualquer outro, é preciso que a pessoa se proteja e que tome as medidas preventivas para evitar os riscos de transmissão. Se o teste revelar a presença do vírus, a pessoa é dita seropositiva, ou portadora do VIH.
A SIDA em Portugal
Em apenas três meses foram registados 884 novos casos de VIH em Portugal, segundo resultados publicados no boletim do Centro de Vigilância Epidemiológica das Doenças Transmissíveis (CVEDF) do Instituto Nacional de Saúde. Entre 1 de Janeiro e 31 de Março de 2007, o Centro recebeu o maior número de casos desde que a epidemia entrou no país. Dos 884 casos, 55% não apresentam sintomas da doença, 35,7% são de sida em estado visível, 9,3% estão numa fase intermediária. As idades destes seropositivos vão dos 25 aos 39 anos, e 83,8% são homens. O total de casos oficiais de VIH em Portugal são 13.287, mas os cálculos apontam para 30.000. Destes casos identificados, 51,7% são de sida, 9,3% são intermediários e 39% são seropositivos. De acordo com estes resultados a fase intermediária é muito reduzida, o que poderá indicar ou um rápido desenvolvimento do vírus ou uma tardia descoberta do mesmo.
A toxicodependência continua a liderar as causas de transmissão com 33% dos casos, seguida pela heterosexualidade (26,6%) e homo/bisexualidade (28%), o que contraria a ideia de que a sida é a doença das prostitutas e dos homossexuais.
Estatísticas e números sobre a SIDA:
- 2 é o número de vírus VIH existentes: VIH-1 e VIH-2;
- 10 é o número de subtipos do vírus VIH-1 do grupo M;
- 50% das infecções adquiridas em 2004 ocorreram em pessoas entre 15 e 24 anos;
- 95% dos novos casos de infecção em 2004 ocorreram em países em desenvolvimento, sobretudo África;
- 1984 foi o ano em que o VIH foi identificado;
- 14.000 foram infectadas diariamente com o VIH (em 2004);
- 3,1 milhões é o número de seropositivos que morreram em 2004;
- 4,9 milhões é o número de novas infecções em 2004;
- 22 milhões de pessoas morreram vítimas de SIDA;
- 28 milhões de crianças africanas terão em 2010, perdido pelo menos um dos pais, em consequência da SIDA. No total dos países em desenvolvimento, estima-se que esse número seja de 44 milhões (relatório agência americana para desenvolvimento internacional, 2000);
- 39,4 milhões de pessoas estão infectadas em todo o mundo.
- É um síndrome porque é constituído por um grupo de sinais e de sintomas;
- É de imunodeficiência porque o que acontece é que o sistema imunitário fica cada vez mais deficiente, com menos capacidade de resposta ao longo da evolução da doença;
- Adquirida porque ao contrário de algumas doenças de imunodeficiência que são congénitas, ou seja, os indivíduos já as têm à nascença, esta doença surge depois de uma infecção por um vírus, o vírus VIH.
O que é o VIH?
O VIH é o Vírus da Imunodeficiência Humana. É um vírus da família dos retrovírus, o que significa que dos 2 tipo de ácido nucleico que podem constituir o código genético: DNA (ácido desoxirribonucleico) e RNA (ácido ribonucleico) este vírus é constituído por RNA.
Existem 2 tipos de VIH: VIH-1 e VIH-2. O VIH-1 é o mais frequente em todo o mundo e o VIH-2 foi inicialmente descoberto em África e é mais parecido com o Vírus da Imunodeficiência dos Símios do que com o VIH-1.
Como é que se fica com SIDA?
Para um indivíduo desenvolver SIDA tem de ser primeiro infectado pelo VIH. Nessa altura o sistema imunitário responde e faz baixar a concentração de vírus que se encontra no sangue. Aqui o indivíduo pode não sentir nada e chama-se assintomático ou pode ter um episódio de sintomas de infecção aguda que são normalmente sintomas parecidos com uma gripe:
- Febre,
- Faringite,
- Linfadenopatia (ou seja, aumento dos gânglios linfáticos),
- Dor de cabeça (cefaleias),
- Dores musculares (mialgias),
- Dores nas articulações (artralgias),
- Cansaço (letargia),
- Mal-estar,
- Falta de apetite (anorexia),
- Perda de peso,
- Náuseas, vómitos ou diarreia.
E ainda outros sintomas menos frequentes. Passada esta altura a concentração do vírus baixou devido a esta resposta do sistema imunitário mas ainda há vírus suficientes para continuar a replicar (criar novos vírus iguais a si próprios). Esses vírus vão infectando as células do sistema imunitário, especialmente um tipo particular: linfócitos T helper (que por serem marcados no laboratório com um marcador que se chama CD4, costumam dizer-se também células CD4 positivas: CD4+). Essas células infectadas vão sendo destruídas. Enquanto o indivíduo tem células CD4+ suficientes não sente nada, está assintomático. Este período pode durar 10 anos. Quando o indivíduo já tem tão poucas células CD4+ que não consegue responder a uma infecção surgem as infecções oportunistas. É a existência destas infecções e de outras doenças associadas ao efeito do vírus sobre o organismo que se chama SIDA. Assim sendo, o indivíduo com SIDA pode ter:
- Infecções que não são comuns nas pessoas com imunidade normal (pneumocystis carinii, mycobacterium tuberculosis, mycobacterium avium, toxoplasma gondii, vírus da varicella zoster, cryptotoccus neoformans, histoplasma capsulatum, coccidioides immitis, cytomegalovírus).
- Doenças respiratórias (bronquite, sinusite, pneumonia).
- Doenças cardíacas (cardiomiopatia por invasão por sarcoma de Kaposi, crytococose, doença de Chagas, toxoplasmose e derrames pericárdicos).
- Doenças gastro-intestinais (lesões orais como a candidíase, por exemplo, esofagite, diarreia, colite).
- Doença hepática (95% têm hepatite B).
- Doença pancreática (como efeito secundário dos medicamentos).
- Doença renal (nefropatia).
- Doença genito-urinária (infecções urinárias, candidíase vulvovaginal).
- Doenças endócrinas (lipodistrofia, hipertiroidismo, hipogonadismo)
- Doenças reumatológicas (artropatia, síndrome articular doloroso)
- Doenças hematopoiéticas (anemia, linfadenopatia generalizada, trombocitopenia).
- Doenças dermatológicas (dermatite seborreica, foliculite pustular eosinofílica, herpes).
- Doenças neurológicas (meningite asséptica, encefalopatia, convulsões, toxoplasmose cerebral, doença da medula espinal, neuropatias periféricas).
- Doenças oftalmológicas (retinite a citomegalovírus, síndrome de necrose retiniana).
- Doenças neoplásicas (sarcoma de Kaposi, linfomas)
Como se transmite a SIDA?
A SIDA transmite-se de 3 formas:
Via sexual:
- O vírus está concentrado no fluído seminal.
- A transmissão entre casais heterossexuais é a mais frequente.
- O risco de transmissão do homem para a mulher é 8 vezes superior ao inverso.
- O risco aumenta se existirem lesões nas superfícies em contacto com o líquido seminal ou fluído vaginal.
- A única forma totalmente segura de proteger este tipo de transmissão é a abstinência de relações sexuais.
- O uso de preservativo é o meio de prevenção mais seguro a seguir à abstinência.
Via parentérica (através do sangue):
- A transmissão por transfusões deixou de ser causa de grande risco desde que se realizam testes para despistar o vírus nos dadores.
- O mesmo se aplica a dadores de órgãos ou tecidos.
- Os utilizadores de drogas injectáveis estão em maior risco.
- Os trabalhadores da área da saúde e os que trabalham directamente com sangue ou seus derivados estão também em risco e por isso devem respeitar os procedimentos preventivos escrupulosamente.
Mãe/feto:
- A transmissão pode acontecer no 1º ou no 2º trimestre mas é mais comum na altura do parto.
- Sem tratamento da mãe o risco de transmissão é de 15-25% nos países desenvolvidos e aumenta para 25-35% nos países com piores cuidados de saúde.
- As grávidas devem fazer um teste voluntariamente e se forem seropositivas devem fazer tratamento anti-retroviral para reduzir a vírus, ser acompanhadas por um obstetra e devem evitar a amamentação (risco de transmissão de 5-15%).
Outros fluídos:
- Não existe evidência de transmissão da SIDA pela saliva, lágrima, suor ou urina. Os casos que existem e que reclamam ter sido esta a via de transmissão não podem excluir completamente a hipótese da transmissão por contacto com feridas ou erosões da pele.
A SIDA trata-se?
Sim, para além dos tratamentos específicos de cada uma das complicações da SIDA, existem tratamentos para reduzir a replicação do vírus, são os anti-retrovirais. Outros medicamentos disponíveis, que se usam em associação com estes, são os inibidores das proteases. Também muito importante é ajudar o doente e a família a lidar com a seropositividade primeiro e com a SIDA depois e principalmente a educação dos doentes para evitarem comportamentos que possam pôr em risco outras pessoas.
Viver com a SIDA
Tratamentos Anti-retrovírais:
Os tratamentos anti-retrovírais permitem preservar e recuperar parcialmente a função imunológica do organismo, podendo os seropositivos levar uma vida normal ou muito próxima do normal, desde que tomem as devidas precauções e que estejam informados sobre os perigos de determinados comportamentos e actividades.
Actividade Física:
Não há nada que impeça um seropositivo de fazer exercício, excepto se o cansaço ou outros sintomas o impedirem. Como se sabe, o exercício é importante para a saúde e ajuda a prevenir doenças cardiovasculares. Não se sabe se tem uma influência directa sobre a infecção com o VIH, mas a maior parte das pessoas que pratica exercícios, com regularidade, sente-se física e emocionalmente melhor.
Alimentação:
Os seropositivos devem ter bastante atenção ao seu regime alimentar, porque a perda de peso é um dos sintomas da infecção, podendo os doentes, numa fase avançada da doença, emagrecer de forma excessiva. É também necessário ter uma boa alimentação para ajudar a manter em forma o sistema imunológico, já que este está a ser afectado pelo vírus.
Vida Sexual:
Desde que se proteja e que tenha em atenção determinadas práticas sexuais, é possível manter um relacionamento sexual. Deve usar sempre preservativo em todos os tipos de relações sexuais, por duas razões, para proteger os parceiros e a si próprio, já que pode ser infectado por uma estirpe diferente do VIH ou por outras doenças sexualmente transmissíveis como a hepatite B. Devem se evitar as relações sexuais se o parceiro for mulher e estiver com o período menstrual.
Gravidez:
- As mulheres seropositivas podem passar o vírus ao filho durante a gestação;
- No momento do parto;
- Através do aleitamento.
Portanto, devem reflectir bem sobre essa possibilidade antes de engravidar. Caso o pai seja seropositivo e a mãe seronegativa, existe já a possibilidade de fazer fertilização in vitro com esperma «lavado», ou seja, utilizando apenas os espermatozóides que não estejam infectados. Este sistema, contudo, tem ainda um risco de transmissão de 1%.
Onde obter informação e apoio sobre os testes do VIH
O teste de despiste é comparticipado e qualquer médico de um centro de saúde ou de um hospital público pode passar ao utente uma credencial de forma a ser possível realizá-lo de forma acessível. No entanto, actualmente existem diversos serviços de despiste anónimo, confidencial e gratuito, que efectuam este serviço sem necessidade de identificar a pessoa ou ter de apresentar qualquer tipo de documento ou relatório médico. Para avaliar as condições de detecção da presença do vírus, deve passar um prazo de três meses (é chamado o período de janela), entre o início da infecção e a realização do teste. Durante este período, como em qualquer outro, é preciso que a pessoa se proteja e que tome as medidas preventivas para evitar os riscos de transmissão. Se o teste revelar a presença do vírus, a pessoa é dita seropositiva, ou portadora do VIH.
A SIDA em Portugal
Em apenas três meses foram registados 884 novos casos de VIH em Portugal, segundo resultados publicados no boletim do Centro de Vigilância Epidemiológica das Doenças Transmissíveis (CVEDF) do Instituto Nacional de Saúde. Entre 1 de Janeiro e 31 de Março de 2007, o Centro recebeu o maior número de casos desde que a epidemia entrou no país. Dos 884 casos, 55% não apresentam sintomas da doença, 35,7% são de sida em estado visível, 9,3% estão numa fase intermediária. As idades destes seropositivos vão dos 25 aos 39 anos, e 83,8% são homens. O total de casos oficiais de VIH em Portugal são 13.287, mas os cálculos apontam para 30.000. Destes casos identificados, 51,7% são de sida, 9,3% são intermediários e 39% são seropositivos. De acordo com estes resultados a fase intermediária é muito reduzida, o que poderá indicar ou um rápido desenvolvimento do vírus ou uma tardia descoberta do mesmo.
A toxicodependência continua a liderar as causas de transmissão com 33% dos casos, seguida pela heterosexualidade (26,6%) e homo/bisexualidade (28%), o que contraria a ideia de que a sida é a doença das prostitutas e dos homossexuais.
Estatísticas e números sobre a SIDA:
- 2 é o número de vírus VIH existentes: VIH-1 e VIH-2;
- 10 é o número de subtipos do vírus VIH-1 do grupo M;
- 50% das infecções adquiridas em 2004 ocorreram em pessoas entre 15 e 24 anos;
- 95% dos novos casos de infecção em 2004 ocorreram em países em desenvolvimento, sobretudo África;
- 1984 foi o ano em que o VIH foi identificado;
- 14.000 foram infectadas diariamente com o VIH (em 2004);
- 3,1 milhões é o número de seropositivos que morreram em 2004;
- 4,9 milhões é o número de novas infecções em 2004;
- 22 milhões de pessoas morreram vítimas de SIDA;
- 28 milhões de crianças africanas terão em 2010, perdido pelo menos um dos pais, em consequência da SIDA. No total dos países em desenvolvimento, estima-se que esse número seja de 44 milhões (relatório agência americana para desenvolvimento internacional, 2000);
- 39,4 milhões de pessoas estão infectadas em todo o mundo.