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Fotografia © EPA/JULIAN STRATENSCHULTE
A empresa foi acusada nos Estados Unidos de falsear o desempenho dos motores em termos de emissões para a atmosfera através de um 'software' incorporado no veículo.
A Volkswagen, maior fabricante automobilístico do mundo, vai deixar de vender carros com o motor diesel TDI de quatro cilindros nos Estados Unidos, tanto novos como usados, depois de ter sido acusada de manipular as emissões, anunciou a empresa.
As ações da Volkswagen estão em queda abrupta na bolsa de Frankfurt, a cair 19,6% para os 130,60 euros, a maior descida nos últimos sete anos.
A Volkswagen iniciou uma investigação interna depois de a Agência de Proteção do Meio Ambiente (EPA) dos Estados Unidos ter acusado a empresa de falsear o desempenho dos motores em termos de emissões para a atmosfera através de um 'software' incorporado no veículo.
No entanto, a Volkswagen não especificou quantos modelos estarão afetados pela decisão, mas alguns dos veículos que incluem este motor são, por exemplo, o Golf, Jetta, Beetle da Volkswagen e o Audi A3.
O presidente do grupo Volkswagen, Martin Winterkorn, lamentou no domingo ter "quebrado a confiança" dos seus clientes e do público em geral depois das acusações das autoridades norte-americanas.
O presidente da empresa disse estar "profundamente arrependido" por ter quebrado a confiança do público, sendo que a marca suspendeu as vendas dos modelos de carros envolvidos, que eram uma pedra angular dos esforços de Winterkorn para recuperar mercado nos Estados Unidos.
Segundo a legislação norte-americana, a multa para este tipo de infrações pode chegar aos 18 mil milhões de dólares (cerca de 15,9 mil milhões de euros ao câmbio de hoje), não estando de parte uma ação criminal.
É que, segundo a EPA, durante a condução normal dos carros, o 'software' - conhecido como um "dispositivo manipulador" - iria poluir dez vezes a 40 vezes os limites legais.
A estratégia da Volkswagen para o mercado norte-americano passava por vender carros a gasóleo com motores poderosos e poucas emissões, uma forma de ganhar quota, já que no ano passado as vendas nos Estados Unidos tinham caído 10% para 366.970 unidades.
Já na quinta-feira, as autoridades norte-americanas aplicaram uma multa de 900 milhões de dólares (795 milhões de euros) à General Motors relativamente a um defeito no sistema de ignição que afetou 2,6 milhões de carros e causou 124 mortes.
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