PSI-20 sobe quase 2% e regista a segunda maior subida na Europa
PSI-20 sobe quase 2% e regista a segunda maior subida na Europa
A praça lisboeta encerrou em alta, a ganhar perto de 2%, animada sobretudo pelo desempenho do banco liderado por Carlos Santos Ferreira.
A bolsa nacional fechou em terreno positivo, com a performance da banca a marcar a sessão no Velho Continente. O BCP e o BES foram os títulos que mais puxaram pelo sector na Europa.
O resto da Europa acabou por também inverter, com a maioria das praças a fecharem positivas.
Destaque para a subida superior a 3% da bolsa de Atenas, com a imprensa a avançar que há já um pré-acordo para a renegociação da dívida entre a Grécia e os credores privados.
Esta notícia fez a banca entrar em território positivo, com os títulos portugueses a liderarem o comboio.
A ajudar está também a Fed norte-americana, depois de o seu presidente, Bem Bernanke, ter confirmado que se manterão as medidas de estímulo à economia.
Por cá, o PSI-20 terminou a somar 1,95%, para 5.588,46 pontos, com 14 cotadas em alta, 5 em baixa e 1 inalterada, numa sessão em que mudaram de mãos 352,2 milhões de acções.
A vedeta da jornada, pela positiva, foi o BCP. O banco liderado por Carlos Santos Ferreira encerrou a subir 20,55% para 0,176 euros, com 315 milhões de acções a serem transaccionadas.
Desde 7 de Outubro que o BCP não atingia esta cotação.
Ainda na banca, o BES ganhou 9,48% para 1,478 euros, em máximos de 1 de Novembro passado.
Por sua vez, o BPI somou 8,45% para 0,526 euros, e o Banif valorizou 8,05% para 0,322 euros.
A banca já estava a sustentar a subida do PSI-20 durante a manhã, mas os títulos do BCP começaram a disparar a partir das 13h30.
Minutos depois, pelas 14h, o mesmo efeito de forte subida começou a sentir-se nas acções do BES, BPI e Banif.
Segundo os analistas e operadores de mercado contactados pelo Negócios, é difícil encontrar uma razão sustentada para um movimento de subida tão agressivo.
Duarte Caldas, analista do IG Markets, considera que a valorização, em particular do BCP, “poderá dever-se, em parte, ao fecho de posições curtas”.
No entanto, não encontra razões fundamentais para este movimento, dada a expectativa de deterioração do negócio nos próximos meses e a incerteza que ainda rodeia o sector.
De acordo com outro analista contactado, poderá estar a ocorrer uma procura por activos considerados subavaliados no mercado português, dando como exemplo movimentos semelhantes na Brisa e na Portugal Telecom.
Esta última recuperou de mínimos de 11 anos, ao subir dos 3,715 para os 4,164 euros, registando assim um ganho de 1,09% no fecho.
Nas restantes telecomunicações, a tendência foi igualmente de subida.
A Zon Multimédia avançou 0,08% para 2,593 euros, enquanto a Sonaecom registou um acréscimo de 0,80% para 1,265 euros.
Na energia, o movimento foi misto. Do lado dos ganhos, destaque para a EDP, que valorizou 2,75% para 2,245 euros.
A sua subsidiária para as energias renováveis também fechou no verde, a somar 1,62% para 4,449 euros. Também a REN terminou em alta, com mais 0,19% para 2,115 euros.
Em contrapartida, a Galp Energia cedeu 0,15%, para 12,98 euros.
Isto apesar das subidas do preço do petróleo nos mercados internacionais e do anúncio, feito hoje pela petrolífera, de evidências de crude num poço brasileiro onde a Petrogal detém metade da posição.
A contribuir também para travar os ganhos em Lisboa esteve a Cimpor, que perdeu 0,59% para 5,051 euros.
Jornal de Negócios