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Apito Dourado/Gondomar: Testemunha admitiu ter recebido ouro do Gondomar "sem quaisqu
Porto, 26 Mai (Lusa) - Fernando Valente, ex-arguido do processo Apito Dourado, arrolado como testemunha pelo Ministério Público, admitiu hoje ao Tribunal de Gondomar ter recebido fios em ouro, oferecidos pelo presidente do SC Gondomar antes dos jogos que arbitrava.
"Mas sem qualquer contrapartida", assegurou.
O antigo árbitro da 2.ª categoria, cujo testemunho foi obtido por videoconferência por se encontrar no Funchal, referiu ao tribunal que "o Gondomar oferecia ouro há vários anos".
"O Sr. Oliveira [José Luis Oliveira, um dos arguidos] nunca me pediu para favorecer o Gondomar", contou Fernando Valente ao colectivo de juízes.
O ex-árbitro disse ainda ter recebido "um relógio Camel", oferecido pelos Dragões Sandinenses, equipa assistente no processo que se diz prejudicada por não ter subido da 2ª divisão B ao escalão superior (Liga de Honra) e que reclama uma indemnização de três milhões de euros aos arguidos, por danos morais e patrimoniais
Sobre os artigos apreendidos no início do processo, Fernando Valente relatou que os objectos em ouro foram confiscados pela PJ, o mesmo não sucedendo com o relógio oferecido pelos Dragões Sandinenses.
"Dei conhecimento aos inspectores da PJ que também tinha recebido um relógio. Perguntei-lhes se o queriam ver e eles disseram que não", afirmou o ex-árbitro.
António Henriques, arguido no processo paralelo de viciação da classificação dos árbitros, foi também ouvido por videoconferência mas não quis prestar declarações.
Durante a sessão foi ouvido Roxo Morgado, testemunha abonatória de Pinto de Sousa, que sustentou ser o arguido "uma pessoa muito conhecida em Moçambique", tendo sido "convidado para fazer parte da comitiva de Cavaco Silva", quando este visitou aquele país.
No final da sessão de hoje do processo Apito Dourado o testemunho de José Licínio Sampaio confirmou que o número de telemóvel, apreendido a Licínio Santos - acusado no processo Apito Dourado de dois crimes de corrupção desportiva passiva - não coincide com o que foi alvo de escutas telefónicas.
Em causa estava uma conversa na qual um interlocutor, de nome Licínio, terá pedido a Valentim Loureiro bilhetes para assistir ao jogo inaugural do Euro 2004, um pedido que foi confirmado pela testemunha.
"Confirmo ter feito um telefonema a pedir bilhetes para o Euro 2004", disse José Licínio Sampaio ilibando assim Licínio Santos.
O julgamento prossegue terça-feira, pelas 09:30, com a inquirição das últimas seis testemunhas, cinco das quais arroladas pelo Ministério Público.
O processo "Apito Dourado", que incluiu investigações a alegados casos de corrupção e tr��fico de influências no futebol, foi tornado público a 20 de Abril de 2004, com a detenção para interrogatório de vários dirigentes.
Porto, 26 Mai (Lusa) - Fernando Valente, ex-arguido do processo Apito Dourado, arrolado como testemunha pelo Ministério Público, admitiu hoje ao Tribunal de Gondomar ter recebido fios em ouro, oferecidos pelo presidente do SC Gondomar antes dos jogos que arbitrava.
"Mas sem qualquer contrapartida", assegurou.
O antigo árbitro da 2.ª categoria, cujo testemunho foi obtido por videoconferência por se encontrar no Funchal, referiu ao tribunal que "o Gondomar oferecia ouro há vários anos".
"O Sr. Oliveira [José Luis Oliveira, um dos arguidos] nunca me pediu para favorecer o Gondomar", contou Fernando Valente ao colectivo de juízes.
O ex-árbitro disse ainda ter recebido "um relógio Camel", oferecido pelos Dragões Sandinenses, equipa assistente no processo que se diz prejudicada por não ter subido da 2ª divisão B ao escalão superior (Liga de Honra) e que reclama uma indemnização de três milhões de euros aos arguidos, por danos morais e patrimoniais
Sobre os artigos apreendidos no início do processo, Fernando Valente relatou que os objectos em ouro foram confiscados pela PJ, o mesmo não sucedendo com o relógio oferecido pelos Dragões Sandinenses.
"Dei conhecimento aos inspectores da PJ que também tinha recebido um relógio. Perguntei-lhes se o queriam ver e eles disseram que não", afirmou o ex-árbitro.
António Henriques, arguido no processo paralelo de viciação da classificação dos árbitros, foi também ouvido por videoconferência mas não quis prestar declarações.
Durante a sessão foi ouvido Roxo Morgado, testemunha abonatória de Pinto de Sousa, que sustentou ser o arguido "uma pessoa muito conhecida em Moçambique", tendo sido "convidado para fazer parte da comitiva de Cavaco Silva", quando este visitou aquele país.
No final da sessão de hoje do processo Apito Dourado o testemunho de José Licínio Sampaio confirmou que o número de telemóvel, apreendido a Licínio Santos - acusado no processo Apito Dourado de dois crimes de corrupção desportiva passiva - não coincide com o que foi alvo de escutas telefónicas.
Em causa estava uma conversa na qual um interlocutor, de nome Licínio, terá pedido a Valentim Loureiro bilhetes para assistir ao jogo inaugural do Euro 2004, um pedido que foi confirmado pela testemunha.
"Confirmo ter feito um telefonema a pedir bilhetes para o Euro 2004", disse José Licínio Sampaio ilibando assim Licínio Santos.
O julgamento prossegue terça-feira, pelas 09:30, com a inquirição das últimas seis testemunhas, cinco das quais arroladas pelo Ministério Público.
O processo "Apito Dourado", que incluiu investigações a alegados casos de corrupção e tr��fico de influências no futebol, foi tornado público a 20 de Abril de 2004, com a detenção para interrogatório de vários dirigentes.