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In Memoriam
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“Adeus Monza”
Em 1 de setembro de 1977, na edição Nº 1, o Autosport intitulava um artigo “Adeus Monza”, que deve ter deixado alguns adeptos da F1 à beira dum ataque de nervos, já que o texto levantava a hipótese da F1 sair de Monza. Eis o texto:
“Os mais otimistas começam a estar seriamente inquietos em Itália, com a eventualidade de o circuito de Monza ter de ser abandonado. A renovação do contrato do autódromo de Monza parece cada vez mais problemática e o Grande Prémio da Itália de 1977 — em setembro — pode muito bem vir a ser a última prova de Fórmula 1 que se correrá naquele "templo do automobilismo". Com a definição da ameaça sobre Monza, o Grande Prémio de Itália pode não vir a realizar-se ali, em virtude da lei da C.S.I. (Comissão Desportiva Internacional) que estipula que, para que um Grande Prémio se realize num autódromo, é necessário que se tenha corrido ali um Grande Prémio no ano anterior. É nesta base que começa a tomar importância o projeto de construção do autódromo de Camporosso, em Vintimilie, perto da fronteira franco italiana. Esta pista, que seria servida pela autoestrada das Flores que assegura a ligação Nice-San Remo, apresenta grandes hipóteses de concretização, visto até estar apoiada por uma boa estrutura hoteleira nas redondezas. Tudo foi estudado com minúcia no projeto Camporosso, pois o circuito ficaria implantado numa zona ideal para transmissões pela televisão e rádio e desenhado sobre as vertentes naturais da montanha. Por outro lado, apresenta um desnível de somente 65 metros entre o seu ponto mais alto e o mais baixo. O circuito poderá ter 2687 ou 4068 metros de perímetro e a utilização ótima das curvas de níveis permite a construção de uma pista com 12 metros de largura. No centro do circuito, o cume do monte permite uma visão completa de todas as pistas. No circuito grande, existem 9 curvas para a direita e 8 para a esquerda. A zona BD do desenho, é uma série de curvas sem grande desnível. Entre D e E, urna descida de 700 metros com um desnível médio de 6,5 por cento. Depois, uma longa subida que leva até à linha da meta. Para a concretização deste projeto, resta conhecer-se a decisão que os organizadores italianos vão tomar sobre a questão de Monza, o que não deixa de ser extremamente interessante.”
Felizmente para a Fórmula 1, todos sabemos que Monza nunca saiu da F1, e por lá se mantém até hoje, com a solitário exceção do ano de 1980, quando foi Imola a receber o GP de Itália.
Autosport
Em 1 de setembro de 1977, na edição Nº 1, o Autosport intitulava um artigo “Adeus Monza”, que deve ter deixado alguns adeptos da F1 à beira dum ataque de nervos, já que o texto levantava a hipótese da F1 sair de Monza. Eis o texto:

“Os mais otimistas começam a estar seriamente inquietos em Itália, com a eventualidade de o circuito de Monza ter de ser abandonado. A renovação do contrato do autódromo de Monza parece cada vez mais problemática e o Grande Prémio da Itália de 1977 — em setembro — pode muito bem vir a ser a última prova de Fórmula 1 que se correrá naquele "templo do automobilismo". Com a definição da ameaça sobre Monza, o Grande Prémio de Itália pode não vir a realizar-se ali, em virtude da lei da C.S.I. (Comissão Desportiva Internacional) que estipula que, para que um Grande Prémio se realize num autódromo, é necessário que se tenha corrido ali um Grande Prémio no ano anterior. É nesta base que começa a tomar importância o projeto de construção do autódromo de Camporosso, em Vintimilie, perto da fronteira franco italiana. Esta pista, que seria servida pela autoestrada das Flores que assegura a ligação Nice-San Remo, apresenta grandes hipóteses de concretização, visto até estar apoiada por uma boa estrutura hoteleira nas redondezas. Tudo foi estudado com minúcia no projeto Camporosso, pois o circuito ficaria implantado numa zona ideal para transmissões pela televisão e rádio e desenhado sobre as vertentes naturais da montanha. Por outro lado, apresenta um desnível de somente 65 metros entre o seu ponto mais alto e o mais baixo. O circuito poderá ter 2687 ou 4068 metros de perímetro e a utilização ótima das curvas de níveis permite a construção de uma pista com 12 metros de largura. No centro do circuito, o cume do monte permite uma visão completa de todas as pistas. No circuito grande, existem 9 curvas para a direita e 8 para a esquerda. A zona BD do desenho, é uma série de curvas sem grande desnível. Entre D e E, urna descida de 700 metros com um desnível médio de 6,5 por cento. Depois, uma longa subida que leva até à linha da meta. Para a concretização deste projeto, resta conhecer-se a decisão que os organizadores italianos vão tomar sobre a questão de Monza, o que não deixa de ser extremamente interessante.”
Felizmente para a Fórmula 1, todos sabemos que Monza nunca saiu da F1, e por lá se mantém até hoje, com a solitário exceção do ano de 1980, quando foi Imola a receber o GP de Itália.
Autosport